domingo, 24 de agosto de 2025
VAMOS FAZER A LOUVAÇÃO, A QUEM DEVE SER LOUVADO.
Vamos fazer a louvação, a quem deve ser louvado.
(por Antonio Samarone)
Na solenidade de inauguração de um CRAS em Itabaiana, duas coisas me chamaram a atenção. A Banda Marcial Francisco Paes da Costa, com meninos carentes, e o nome da homenageada: Centro de Referência de Assistência Social Ana Lúcia Batista Mota.
Pensei, quem foi Ana Lúcia Batista Mota?
Sair perguntando aos presentes: quem foi essa Ana Lúcia? As pessoas se espantavam como a minha ignorância. Como você não sabe, Ana dos Idosos. Passei a simpatizar com a homenagem. Ninguém se chama Ana dos Idosos à toa.
Os critérios sociais de escolha de quem merece ou não homenagens, refletem a alma cultural de um tempo, de um momento histórico. Itabaiana chamou o seu primeiro ginásio de Murilo Braga (1949), um burocrata do Ministério de Educação; chamou de Médici o seu estádio de futebol (1971). As duas principais praças, do começo do século XX, homenageiam Fausto Cardoso e João Pessoa.
Procurei Jéssica e Melissa, filhas de Ana dos Idosos, elas me trataram pelo nome. "Samarone, o que o senhor quer saber de mamãe. Não se lembra? Ela é filha de Seu Batista da Jabá e Dona Josefina" Eita! Passei vergonha. Uma família que eu conhecia muito. Gente de primeira qualidade.
Elas acrescentaram, mamãe foi esposa de Valfrando Gomes (Nem de Abdon). Aí a minha vergonha aumentou. Nem, foi amigo de infância. Um marceneiro culto, erudito na música, colecionador de discos e amante do Rock and roll. Ele botou em um filho o nome de Wickson.
Ana dos Idosos (1963 – 2024), foi uma servidora da Ação Social, que se ligou afetivamente aos grupos de idosos, que não media esforços para atendê-los, mesmo fora da repartição.
Nas comunidades carentes de Itabaiana, Ana dos Idosos continua viva na lembrança de todos.
Bela e justa homenagem.
Antonio Samarone – Secretário de Cultura de Itabaiana.
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