quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

GENTE SERGIPANA - DR. EDSON BRASIL


 


Gente Sergipana – Dr. Edson Brasil
(por Antonio Samarone)

A pretexto de comemorar o centenário de nascimento do Dr. Edson de Farias Brasil, a intelectual Ana Maria Fonseca Medina, produziu um texto delicioso.

Valendo-se dos aconchegos biográficos do casal Edson Farias Brasil e Yara Maria Freire da Fonseca Brasil, o livro de Ana Medina traça, com sensibilidade e erudição, cenas da vida privada em Sergipe, na primeira metade do século XX.

A descrição do nascimento de Edson Brasil (17/07/1920), no Engenho Cajá, na Vila do Espírito Santo (Indiaroba) é primoroso.
Seu Geminiano, o pai, comandou o ritual para o enterramento do cordão umbilical do menino, defronte à cancela do engenho, com toda a cantoria sacra de práxis. Era prenuncio de um bom destino.

Ana Medina conta os detalhes do resguardo de Dona Marocas, a mãe de Edson Brasil. O resguardo, que a medicina chama de puerpério, era de 40 dias fechados.

Os mesmos 40 dias da quarentena. O dilúvio foram 40 dias de chuva, Jesus é atentado pelo Satanás por 40 dias. Quarenta é um símbolo do ciclo da vida. Jesus ressuscitou 40 horas após o sepultamento.

Durante o resguardo, a parturiente mantinha uma garrafa de água inglesa ao pé da cama e era alimentada com suculentos pirões de galinha, para estimular a produção de leite.

Descreve Ana Medina:

“Nos lanches, merendas, como se dizia antigamente, eram oferecidas uma gemada com pouco café, alguns pingos do vinho do Porto e sequilhos feitos em casa. Nos lares de pessoas mais humildes era servida a meladinha. No caso da família Brasil eram servidos os licores de leite, abacaxi, caju, preparados em casa e guardados em licoreiras de cristal.
Edson Brasil se batizou com uma semana de nascido. Era comum nas famílias católicas, com medo do mal de sete dias, que lavava grande número de anjos. O mal de sete dias era o tétano do cordão umbilical, importante causa de morte.

Edson Brasil se criou no Engenho Cajá, com tudo que as crianças que viveram na zona rural daquele tempo tinham direito. Como acontece, depois Seu Geminiano veio morar em Aracaju, para facilitar o estudo dos filhos.

Os detalhes da vida rural e os seus folguedos estão no livro.

Para encurtar a história, Edson Brasil formou-se na Faculdade de Medicina de Recife. Concluiu o curso em 15 de dezembro de 1945.
Retornou à Aracaju para exercer a oftalmologia. Montou consultório no primeiro Centro Médico Odontológico de Aracaju, na Rua do Barão, onde depois passou a funcionar a Passarela.

O livro de Ana Medina descreve o luxo e o esplendor do comércio da Rua do Barão (atual João Pessoa). Uma página dedicada as memórias do Aracaju.

Outra boa passagem do livro trata da beleza das antigas procissões do Bom Jesus, no leito do Rio Sergipe.

Edson Brasil foi um médico da era humanista, como era comum naquele tempo.

Edson Brasil se casou em 08 de fevereiro de 1948, com uma baronesa de Boquim, Yara Maria Fonseca, afilhada do poeta Hermes Fontes. Ana Medina ao descrever os detalhes da cerimônia de casamento, produziu uma peça literária. Não vou citar trechos para atiçar a curiosidade de vocês.

O casamento ocorreu em Boquim e foi celebrado pelo padre Luciano Duarte.

Dona Yara possuía todas as prendas das moças bem-nascidas daquele tempo. Yara Foi interna do famoso Colégio Nossa Senhora de Lourdes, das irmãs Sacramentinas, habituada a iniciar as aulas cantando “Ave Maria”, em francês.

O livro de Ana Medina registra ainda uma troca de cartas do período de namoro ente Edson e Yara, reveladora dos modos e costumes da época.

O médico Edson Brasil faleceu em 28 de setembro de 1993 e Dona Yara pouco tempo depois, em 13 de dezembro do mesmo ano.

O livro de Ana Medina é um tratado da vida privada sergipana, nos idos do século passado. Profundo e bem escrito.

Antonio Samarone (médico sanitarista)

sábado, 22 de janeiro de 2022

PEBAS E CABAÚS

 
Pebas e Cabaús
(por Antonio Samarone)

A história republicana da política em Sergipe é uma festa conservadora. Com raras exceções, sempre fomos governados por uma elite atrasada e excludente.

O historiador Ariosvaldo Figueiredo, autor de uma alentada história política de Sergipe, em cinco volumes, descreve uma regularidade nas disputas em Sergipe:

Formam-se blocos de poder em torno de um Chefe, que permanecem no Governo por anos, praticamente sem oposição. Sem disputas, os sucessores são ungidos pelo Chefe.

Depois entram em crise, dividem-se, e submetem-se a um enfrentamento: uma disputa eleitoral. Os blocos em disputa geralmente são oriundos do anterior. Nada de novo!

O vencedor reunirá novamente os políticos em torno de um novo bloco, para mais uma dinastia, em torno de um novo Chefe. Em pouco tempo, os que perderam voltam ao ninho.

As composições políticas são circunstanciais, não obedecem a divergências doutrinárias nem ideológicas.

Muda-se as figuras, mas o Reisado é o mesmo.

Nos últimos 130 anos em Sergipe, alguns chefes se destacaram. Líderes que comandaram blocos por muito tempo: Olímpio Campos, Lobo/Valadão, Leandro Maciel e João Alves Filho foram os maiores. Outros, menores.

Deixei de fora o Estado Novo de 1937/45 e a Ditadura Militar Empresarial de 1964/82, por razões óbvias. A disputa era de bastidores, para agradar os de cima. O líder, era quem levasse o melhor sorvete de mangaba para os Generais.

Após a ditadura, o Bloco liderado por João Alves Filho governou por 24 anos. Em 2006, assumiu o um novo Bloco, liderado Déda/Jackson Barreto, que permanece até hoje.

Vivemos um momento raro na política em Sergipe: existe um vácuo de poder! É tempo de enfrentamentos!

A safra de políticos em Sergipe não é das melhores, nenhum novo Chefe construiu um bloco consistente. Esta é a novidade das próximas eleições: será uma eleição de disputa.

O Bloco no Poder se dividiu e acabou um ciclo de mando. Por enquanto, a divisão resultou em dois sub-blocos com poderes de enfrentamento: um liderado pelo Prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira e um outro, liderado pelo Senador do PT, Rogério Carvalho.

Seja qual for o resultado, o atual Governador Belivaldo Chagas caminha para a aposentadoria política (mais uma), e o vencedor, tendo talento e disposição, terá condições de construir uma nova dinastia.

A política tem suas leis e suas regras. Os desejos individuais têm um peso secundário.

O bloco no poder pode produzir outros sub-blocos ou formar-se blocos independentes (outsiders)?

Pode!

Mas será uma quebra da tradição conservadora de Sergipe. Uma novidade fora das regras dominantes até hoje. Por aqui, terceira via é acostamento. Nunca teve chances.

Belivaldo foi um governo de transição. De qualquer jeito, seja qual for o resultado eleitoral, o seu bloco será dissolvido, sem deixar saudades.

Ocorrerá a velha disputa Pebas X Cabaús!

Antonio Samarone (médico sanitarista)
 

 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

O MERCADO DO SOFRIMENTO


 

O Mercado do Sofrimento.
(por Antonio Samarone)

“Eu libertei os homens da obsessão da morte, instalei neles as cegas esperanças...” Prometeu.

O neoliberalismo elevou ao extremo a produtividade e o lucro do Capital, internalizando nos trabalhadores a obsessão pelo desempenho. O conto do empreendedorismo transforma cada um em empresário de si próprio.

Com a redução estrutural dos empregos, a auto exploração é o que sobra como sobrevivência.

O insucesso é assumido como uma derrota pessoal e é psicologizado, transformando-se em sofrimento mental: “se não deu certo, a culpa é minha, que não tive a dedicação necessária.”

A estrutura social injusta não é mais responsabilizada. No máximo se busca ajuda no coaching.
A auto exploração é ilimitada.

O neoliberalismo exige o tempo e a dedicação integral de cada trabalhador, travestido de auto empresário. Se avança no tempo do sono, do descanso, do lazer e do entretenimento.

A última barreira à exploração capitalista é o sofrimento, o esgotamento mental e o Burnout.

Quem fracassa responsabiliza a si próprio. A injustiça social é psicologizada, transformando-se em depressão, ansiedade e Burnout. O suicídio, torna-se a revolta extrema.

A explosão epidêmica do sofrimento mental neste começo do século XXI, nomeado pela psiquiatria como transtornos mentais, decorrentes do desequilíbrio dos neurotransmissores, reflete na verdade, o avanço impiedoso do Neoliberalismo como modelo hegemônico de produção.
A psiquiatria de mercado oculta essa realidade fragmentando o psiquismo, esquartejando o mal-estar e o sofrimento mental em sintomas quantificáveis.

A psiquiatria precisou abandonar as grandes escolas (Freud, Kraepelin, Jung, Lacan, Jaspers), para abraçar a abordagem pragmática, ateórica, da psiquiatria americana.

A singularidade e as raízes do sofrimento humano são falseados pelo doping generalizado, com a prescrição de drogas farmacêuticas psicoativas, geradoras de dependência.

A psiquiatria de mercado abraçou a poli farmácia. “Uma droga para cada sintoma”.

Os medicamentos psicoativos se tornaram os mais consumidos. A indústria Farmacêutica explora o mercado do sofrimento.

O sofrimento humano é a última fronteira do Capital.

Antonio Samarone (médico sanitarista)

SUA EXCELÊNCIA


 

Sua Excelência...
(por Antonio Samarone)

Existe um declínio da representação política. “Ele não me representa” virou um clichê. E a quem eles representam? A bala, a bíblia e o boi?
O que levou a essa descrença? É da natureza do Poder ou são as práticas deformadas? Mesmo os mais puros e bem-intencionados, quando se elegem com um discurso revolucionário, exercem os mandatos com uma prática resignada.

Se elegem com o discurso da reforma agrária e exercem o mandato distribuindo cisternas.

O velho Lenin, denominava esse comportamento de forma depreciativa: cretinismo parlamentar.

Não é exagero. O exercício do poder no Brasil cria de fato privilégios institucionais. Reais e simbólicos.

O cargo transforma o ocupante em excelência, independente de virtudes pessoais. E ser excelência não é pouco.

Excelência é quem possui a sabedoria e conhece os caminhos.

"Celência” deriva de celestial, divino. A origem é bíblica.

Quando Salomão assumiu o seu reinado, para bem governar, pediu a Deus sabedoria. Os líderes políticos acreditam que essa sabedoria foi extensiva a todos que exercem o poder.

Excelência é o sublime, o soberano, a perfeição, o chefe, o Duce, o Corifeu e o Fuehrer.

Acontece que Deus, além da sabedoria, presenteou Salomão com riqueza, poder e glória. Os políticos sabem disso e também se intitulam herdeiros dessas vantagens.

Os ganhadores das eleições são considerados os “eleitos”, mantendo a linguagem religiosa. “Muitos são os convidados e poucos os eleitos.”

Os eleitos acreditam nessa distinção.

No Folclore brasileiro, “excelência” são cantos entoados aos pés dos defuntos, para facilitar a sua entrada no céu. No folclore, excelência é uma reza de defunto de herança portuguesa.
Em política, excelência é um passaporte de superioridade, de grandeza, de soberania, de infalibilidade. Excelência é exceção, prerrogativas, impunidade e mimos.

A sociedade brasileira vive uma assombração: o desmonte do que nos restava de civilidade.

A análise acima não nega a política, nem a sua necessidade para resolver os conflitos. Ao contrário, precisamos de mais política e mais envolvimento.

Os vícios do exercício do poder se resolvem com mais fiscalização e novas formas de representação.

A perda de legitimidade da representação parlamentar é um fenômeno universal.

No Brasil, essa decadência foi acentuada pela criminalização dos processos eleitorais, decorrentes da ação do poder judiciário, da imprensa, do poder econômico e da reduzida consciência democrática da população.

O político tornou-se um suspeito nato, mesmo sem qualquer denúncia. O grave é que não existem saídas fora da política.

Talvez a representação parlamentar, tenha mesmo perdido a legitimidade e, de fato, não representem a sociedade.

Esse é um impasse de difícil solução.

Antonio Samarone. (médico sanitarista)

domingo, 16 de janeiro de 2022

A FORÇA DA MILITANCIA


A Força da Militância.
(por Antonio Samarone)

Existe um consenso: a direita no Brasil, à sua maneira, assumiu a militância política. Militância entendida como uma ação obstinada e permanente em defesa de interesses, ideologias, ilusões, preconceitos, crenças e doutrinas.

A ideia de militância é antiga. A Bula que aprovou a Companhia de Jesus (Jesuítas), em 1540, chamava-se: “Regimini Militantis Eclesiae”. O lema dos Jesuítas era “Ide e Incendiai.”

No início, o PT herdou dos católicos os militantes das Comunidades Eclesiais de Base, da Teologia da Libertação. os militantes do Movimento Estudantil, as bases sindicais rurais e urbanas e os movimentos comunitários, associações de moradores e similares.

A famosa “FABAJU” já teve peso eleitoral.

Os Estatutos do PT previam a existência de militantes de bases, organizadas com poderes deliberativos. O Partido chegou a ser acusado de “basismo”, “assembleísmo”, de perder tempo discutindo exaustivamente as mesmas coisas.

Uma das estratégias usadas pelo PT para o fortalecimento da chamada militância foi, a criação do Orçamento Participativo. As administrações petistas prometiam deliberar sobre as prioridades orçamentárias, discutindo diretamente com os interessados.

Era uma forma, segundo a proposta, de democracia direta: eleger delegados que concorreriam com as desgastadas Câmaras de Vereadores.

Procurei saber o que restou dessa experiência de Orçamento Participativo em Aracaju. Só encontrei vagas lembranças.

A temida militância do PT esvaiu-se com a chegada do Partido ao Poder.

Nos bairros de Aracaju, os interesses populares (entre aspas), são mediados pelos evangélicos da “Teologia da Prosperidade”. São centenas ou milhares de pastores ligados a Partidos ou a políticos de direita, que intermediam votos nas eleições.

A chamada direita miliciana, ainda é um fenômeno secundário no agenciamento eleitoral em Sergipe

Outro polo de militantes eleitorais é a máquina pública.

Em Sergipe, as pessoas que ocupam os “cargos de confiança” (são milhares), os que recebem gratificações de qualquer natureza, os que estão à disposição de si mesmos, formam uma base militante dispostas, em defesa da manutenção dos interesses imediatos.

Sem contar os militantes que recebem serviços, favores e sinecuras prestados pela Máquina.

Os fornecedores e prestadores de serviços são militantes sempre dispostos a adesões interessadas. Sobretudo, setores empresariais e os mais ricos, que de boca para fora defendem o neoliberalismo, mas dependem umbilicalmente dos privilégios e mimos públicos.

O Estado mínimo é para os outros.

Outra base forte dessa militância de direita encontra-se nas redes sociais, formada pela classe média letrada ou semiletrada. É uma base aguerrida, disposta, negacionista, que consegue realizar algumas manifestações de rua, mas que ainda não demonstrou força eleitoral.

Os setores sociais mais à esquerda, em Aracaju, estão concentrados nos movimentos identitários. A antiga militância ideológica, inspirada na luta de classes, ficou no passado.

O que sobrou da militância do PT em Sergipe, com estrelinha no peito, envelheceu, ou concentrou-se nos gabinetes parlamentares e nas estruturas públicas que o Partido ainda comanda.

A militância petista renascerá com as eleições? Vamos aguardar o milagre.

A força eleitoral do PT será puxada por um líder carismático, uma locomotiva de quase 80 anos, chamado Lula. As esperanças estão depositadas no “Lulismo”.

Antonio Samarone (médico sanitarista),


 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

NA BACIA DAS ALMAS


Na Bacia das Almas.
(por Antonio Samarone)

Ezequiel Carvalho, natural da Sambaíba, 57 anos, viveu até hoje de uma bodega de esquina, na Rua Nova, próximo à feira. A bodega quebrou! Montaram um mercadinho na vizinhança.

Bateu o desespero!

Ezequiel começou a passar necessidades. Trabalhar para os outros, nessa idade, não arruma serviço. Nunca pagou o Instituto, ou seja, nenhuma esperança de aposentadoria. Entrar no bolsa família ou pedir esmola?

Ezequiel sempre foi um herege, nunca se aproximou das coisas do espírito. Mas, começou a pensar besteira: “quem sabe, oferecer a minha alma ao diabo. Não deve valer muito, mas qualquer coisa serve.”

Consultou Dona Mariana, a esposa, sobre a ideia. Ela deu uma bronca: “você não dizia que o Satanás não existe.” “Pois é! Eu estava enganado.” O Satanás vive rondando pela Terra, andando a esmo. (jó, I, 6-7)

“Soube que ele atentou até Jesus Cristo, oferecendo-lhe vantagens materiais.”

Não custa tentar, se convenceu Ezequiel. O diabo é o Satanás atender o telefone. Depois de muita insistência, o Satanás atendeu.

Ezequiel não perdeu tempo:

“Mestre Satanás, estou vendendo a minha alma, dou por qualquer preço.” O Satanás deu uma risada, e respondeu de forma ríspida: “para que diabos eu quero a sua alma. O inferno está lotado. A fila de almas sebosas está dobrando o quarteirão.”
Outra coisa, disse o Satanás: “com essa história do neoliberalismo, nós privatizamos esse Departamento. Vendemos o setor de compras de almas a uns pastores da teologia da prosperidade. A coisa deu certo. Eles compram as almas e pagam aí mesmo.”

O Satanás continuou com a sua eloquência:

“A gente já recebe os magotes de almas cevadas, tudo de graça. Estamos construindo novas alas, aqui no inferno. O Papa acabou com o Limbo, a demanda aumentou.”

“Aqui no inferno as coisas eram muito burocratizadas. As pessoas cobravam muito caro pela alma, muito acima do que valia. Existia até um sindicato das almas. Faziam greves, passeatas, era um inferno. Imagine, queriam boa vida. Agora, com a terceirização, as coisas andam bem”

Ezequiel insistiu, “Mestre Satanás, eu vendo por qualquer preço, estou precisando muito”. Mesmo assim, Satanás enjeitou: “Procure esses pastores da teologia da prosperidade, eles compram.”

Ezequiel é orgulhoso, “prefiro morrer de fome!”. O Satanás deu outra dica; procure Belzebu ou Lúcifer, talvez eles precisem.

Ezequiel Carvalho perdeu as esperanças! Entrou na bacia das almas.

Ezequiel chegou a extremos: “se existir uma nova chance, uma reencarnação, eu quero vir como “Pets”. Renuncio à condição humana.”

Quem quiser ajudá-lo, ele aceita até cestas básicas. Para facilitar, Ezequiel colocou o número do PIX nas redes sociais. Qualquer coisa serve.

Antonio Samarone (médico sanitarista)