Aracaju precisa dos médicos cubanos?
(por Antonio Samarone).
(por Antonio Samarone).
A cidade está desprotegida. A Peste anda à vontade.
Venho cobrando medidas sanitárias de combate a Pandemia em Aracaju, sem sucesso. A Prefeitura ignora as sugestões. Num ato de soberba, o Prefeito não toca no assunto, nem para dizer que eu estou errado.
A revista Veja noticiou ontem que o Ministério da Saúde recontratou 523 médicos cubanos, dentro do programa “Médicos para o Brasil” (o antigo Mais Médicos), para suprir a alta demanda por atendimento causada pela pandemia de coronavírus.
Esses médicos cubanos estão entre os cerca de 1.800 que permaneceram no país apesar do fim da parceria entre os governos brasileiro e cubano, o que tornou inválida a brecha que os permitia atender pacientes sem a validação do diploma estrangeiro.
Como a Prefeitura de Aracaju desmontou as ações de Saúde Pública, uma alternativa nesse momento de Pandemia, seria a contratação de médicos cubanos, como fez a Itália, gente preparada em trabalhos comunitários de saúde.
Edvaldo Nogueira, os médicos cubanos podem ser uma saída para quem não tem saídas. A população aracajuana não pode é permanecer desprotegida.
Creio que as entidades médicas entenderão a urgência da Peste. Estou falando em médicos para a atuação em Saúde Pública. Aracaju precisa montar as brigadas emergenciais, para enfrentar a Pandemia, e não sabe como.
Prefeito, não se deixe dominar por preconceitos ideológicos, nem por sua nova devoção ao mercado. Quem erra, reconhece o erro, e conserta, procura novos caminhos.
Humildade nunca é demais, a Saúde Pública em Aracaju precisa de ajuda.
Cuba possui a Brigada Henry Reeve, que atua há 15 anos, formada por profissionais da saúde especializados em situação de desastres e epidemias graves. Há mais de 20 equipes da brigada em atuação contra a covid-19 no mundo. Quase dois mil profissionais formados em Cuba compõem esses esforços.
Essa semana eles chegaram ao Peru. Não são sábios da medicina. Não são peritos em tecnologias sofisticadas. São profissionais experientes e dispostos a ajudar os mais vulneráveis.
Não é hora de disputas ideológicas.
Dezenas de nações da América Latina e Caribe se reuniram virtualmente para iniciar uma onda de solidariedade continental à concessão do Prêmio Nobel da Paz para a Brigada Henry Reeve, de médicos cubanos.
Precisamos de médicos na saúde público, para juntar-se aos nossos abnegados médicos de família. Sem uma rede básica forte e atuante, a Pandemia não tem hora para acabar.
Não aceito o consolo, que os senhores improvisaram "leitos de UTI", para que as pessoas possam morrer assistidas. Não! Quero ações de combate a Peste, para reduzir a taxa de contágio.
Se o senhor não concordar, nos apresente uma alternativa, com urgência.
A Peste corre solta em Aracaju. (16.310 casos notificados, com 364 óbitos)
Antonio Samarone.
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