Supositório de Cloroquina. (por Antonio Samarone)
No Brasil, politizaram a Peste. A postura do Presidente dividiu a Direita. Caiado, Maia, Dória e Witzel, roeram a corda. A esquerda nem fede nem cheira, está calada, esperando o reconhecimento. Em resumo, o mundo político não está à altura.
Nas Pestes antigas não se sabia do que se tratava. A morte devastava livremente. A humanidade buscava socorro na religião. Buscava-se a misericórdia de Deus.
Nesse momento as igrejas estão fechadas.
No século XXI, as Pestes são conhecidas. Busca-se socorro na ciência, que sabe cada vez mais sobre minúcias, e cada vez menos sobre o principal. Podem saber o “que” e o “como”, mas ignoram o “porquê”. A impotência é quase a mesma.
As redes sociais estão infestadas de vídeos de pesquisadores, cientistas, médicos, especialistas de todos os gêneros, todos qualificados, cada um com a sua novidade sobre o Covid – 19. Uma Torre de Babel.
Existem teses e opiniões científicas sobre a Pandemia para todos os gostos, facilitando a mediocridade dos políticos. Existem cientistas que acham a cloroquina um veneno, e os que a consideram um santo remédio. Todos baseados em evidências. Todos convictos.
Assisti no WhatsApp, num grupo de esclarecidos, a defesa emocionada de que a pandemia não existe, é uma cilada, não passa mesmo é de uma gripezinha. Fui acusado de sabotador, por discordar dessa estupidez.
Não subestimem a força da estupidez!
A Peste do Covid – 19 me acentuou o sentimento de profunda nulidade, a sensação de não ser mais do que uma criatura, de ser o “pó” bíblico: “Pulvis es et in pulverem reverteris” - Gênesis 3:19.
Sinto esmaecer a esperança de um mundo melhor no pós Pandemia.
Byung-Chul Han, filosofo sul coreano, pode estar certo, ao traçar um quadro sombrio para o pós Pandemia: “Teremos um avanço das forças autoritárias, do neoliberalismo, o aumento das desigualdades e da intolerância. Os Vírus não fazem revoluções.”
O que nos resta é um supositório de cloroquina.
Antonio Samarone.
No Brasil, politizaram a Peste. A postura do Presidente dividiu a Direita. Caiado, Maia, Dória e Witzel, roeram a corda. A esquerda nem fede nem cheira, está calada, esperando o reconhecimento. Em resumo, o mundo político não está à altura.
Nas Pestes antigas não se sabia do que se tratava. A morte devastava livremente. A humanidade buscava socorro na religião. Buscava-se a misericórdia de Deus.
Nesse momento as igrejas estão fechadas.
No século XXI, as Pestes são conhecidas. Busca-se socorro na ciência, que sabe cada vez mais sobre minúcias, e cada vez menos sobre o principal. Podem saber o “que” e o “como”, mas ignoram o “porquê”. A impotência é quase a mesma.
As redes sociais estão infestadas de vídeos de pesquisadores, cientistas, médicos, especialistas de todos os gêneros, todos qualificados, cada um com a sua novidade sobre o Covid – 19. Uma Torre de Babel.
Existem teses e opiniões científicas sobre a Pandemia para todos os gostos, facilitando a mediocridade dos políticos. Existem cientistas que acham a cloroquina um veneno, e os que a consideram um santo remédio. Todos baseados em evidências. Todos convictos.
Assisti no WhatsApp, num grupo de esclarecidos, a defesa emocionada de que a pandemia não existe, é uma cilada, não passa mesmo é de uma gripezinha. Fui acusado de sabotador, por discordar dessa estupidez.
Não subestimem a força da estupidez!
A Peste do Covid – 19 me acentuou o sentimento de profunda nulidade, a sensação de não ser mais do que uma criatura, de ser o “pó” bíblico: “Pulvis es et in pulverem reverteris” - Gênesis 3:19.
Sinto esmaecer a esperança de um mundo melhor no pós Pandemia.
Byung-Chul Han, filosofo sul coreano, pode estar certo, ao traçar um quadro sombrio para o pós Pandemia: “Teremos um avanço das forças autoritárias, do neoliberalismo, o aumento das desigualdades e da intolerância. Os Vírus não fazem revoluções.”
O que nos resta é um supositório de cloroquina.
Antonio Samarone.
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