As Informações sobre a Pandemia em Sergipe.
(por Antonio Samarone)
(por Antonio Samarone)
A tendência ao crescimento da Peste em Sergipe vem se confirmando com os últimos dados. Os casos confirmado mais do que triplicaram, nos últimos oito dias. Passamos de 154 casos no sábado passado (25/04), para 517 casos, no primeiro de maio. Os cientistas estavam certos.
Outra tendência visível em Sergipe é a interiorização da Pandemia: 43% dos casos confirmados e a metade dos óbitos, até ontem. Não vejo ações relevantes para conter essa expansão. Os Prefeitos estão sozinhos. Chamam a atenção Estância, com 32 casos, Socorro, com 27 casos e Itabaiana, com 14 casos.
Foi uma luta para que os dados sobre a pandemia em Sergipe fossem liberados. Já houve um grande avanço. As informações não podiam continuar seletivas.
Em nota técnica recente, a Fiocruz revelou:
“Diversos óbitos têm sido registrados como suspeitos de Covid-19 pelo Registro Civil, cerca de 50% acima dos valores notificados pelo Ministério da Saúde. Essa diferença pode apontar uma subnotificação do número de mortes por Covid-19. Esses óbitos devem ser investigados e seus contatos submetidos a testagem e a possível isolamento.”
Tem ocorrido no Brasil um aumento acentuado e inexplicado de óbitos por pneumonias e insuficiência respiratória, levando a suspeita de tratar-se de Covid – 19 não diagnosticada. Qual é a realidade em Sergipe?
Existem duas informações relevantes, ainda ocultado em Sergipe.
1. Qual a mortalidade em Sergipe, segundo os dados do Registro Civil? Se ainda não calcularam, está na hora, se calcularam, divulguem. Os óbitos que não acontecem nos hospitais estão sendo investigados? Não adianta esconder nada.
2. Quantos testes RT-PCR (biologia molecular), foram realizados em Sergipe, quantos resultados estão pendentes, em quanto tempo chegamos ao resultado e qual a nossa capacidade de realização desses testes?
Os dados, quando não envolvem segredo médico, devem ser públicos.
Vou explicar a importância do segredo médico. Ouvi pelo rádio uma pessoa querendo saber quem eram os contaminados e onde moravam. Segundo ela, para facilitar a prevenção. Essa informação seria lesiva, não pode ser tornada pública.
Imaginem o estigma para os doentes. Eles seriam tratados como os leprosos de antigamente. Os casos notificados não podem ser personalizados, exceto, por decisão do próprio contaminado.
Entretanto, informar o número de casos e a sua distribuição geográfica é fundamental para facilitar as medidas preventivas.
Gente, paciência, a quarentena continua. Para evitar que se precise chegar ao lockdown, o fechamento completo, como já está ocorrendo em três cidades do Maranhão.
Antonio Samarone.
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