A Política é a Guerra por outros meios?
(Por Antonio Samarone)
“A política tem parte com o satanás”, disse certa feita um velho senador de Simão Dias, inconformado com os resultados das urnas.
O poder é uma geleia divina para os ambiciosos.
Quem se acostuma com os mimos dos palácios, não solta fácil a botija. Essa turma já está com a boca torta, viciada no poder há muito tempo.
Certo dia perguntei a um antigo vereador do Aracaju, por que Vossa Excelência só vota a favor do Prefeito? Ele me saiu com essa pérola: “O poder é como um jegue carregado de rapadura, até o rabo é doce.”
Essa gente não tem limites.
Inconformados com o apoio de Valmir de Francisquinho a Rogério Carvalho (PT), a chapa do governo baixou o nível, perdeu as estribeiras, disparou milhares de Fake News agressivos, infestando as redes sociais.
O desespero geralmente é ineficaz!
No primeiro turno, Lula ganhou em todos os municípios de Sergipe, com 63% dos votos no estado. Teve 500 mil votos a mais que o candidato do PT a governador, Rogério Carvalho.
Valmir de Francisquinho e o PSOL dividiram esses 500 mil votos de Lula, que não foram para Rogério (PT). O apoio de Valmir e do PSOL a Rogério (PT) no segundo turno, obedeceram a vontade da maior parte dos seus respectivos eleitorados.
Esse oceano de votos petistas que não votou em Rogério (PT) no primeiro turno, em sua maioria, votou em Valmir e Niully (PSOL). Esses 500 mil votos avermelhados vão para onde agora, no segundo turno?
Eu respondo:
Esses votos petistas vão se somar aos votos do também petista Rogério Carvalho (PT), no primeiro turno, mais os votos da liderança pessoal de Valmir, mais os votos de Niully, do PSOL. A conta aqui é de somar.
A expectativa nos próximos 15 dias é a adesão de 17 prefeitos. Eles estão certos.
O país está dividido, como mostram as pesquisas. Lula tem maioria entre os pobres e remediados e Bolsonaro a maioria entre os ricos e a alta classe média.
Em Sergipe, essa conta já foi apurada.
No primeiro turno, Lula teve em Sergipe 828.716 votos e Bolsonaro 378.710 votos. Esse desespero da chapa governista decorre desses números, do resultado no primeiro turno.
Esse quadro político em Sergipe não muda com Fake News, uso da máquina, compra de votos, fofoca, mala preta, dinheiro, feitiço, “bico de pena” ou ameaças. A sentença popular de que “dinheiro e pancada só não resolvem se for pouco”, não se aplica ao segundo turno em Sergipe.
Se a chapa do governo tivesse propostas, um milagroso programa de governo, fosse a continuidade de um governo operoso, não teria tido apenas 288 mil votos no primeiro turno, ou seja, apenas 17% do total dos 1.671.801 eleitores, aptos em Sergipe.
Se levarmos em contas os cargos comissionados das máquinas do governo, das estatais, do poder legislativo, das 50 prefeituras, os trabalhadores terceirizados, os prestadores de serviço e mais uma porção de penduricalhos públicos, os apaniguados, os mamadores etc. etc. Esse gente toda já supera os 17% de votos.
Houve traições!
Antonio Samarone (médico sanitarista)
terça-feira, 18 de outubro de 2022
A POLÍTICA É A GUERRA POR OUTROS MEIOS
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