O Novo sempre vem...
(por Antonio Samarone)
No final da década de 1950, Itabaiana passou de uma economia agrícola de subsistência, para um grande polo comercial. A sua posição geografia, a chegada da BR – 235 e o espírito empreendedor de sua gente, permitiram essa mudança.
Euclides Paes Mendonça liderou politicamente as mudanças. Nessa fase, Itabaiana exportou grandes empresários: Ovíedo Teixeira, Albino Silva da Fonseca, Gentil e Noel Barbosa, Mamede e Pedro Paes Mendonça. Quem mais?
Itabaiana se transformou numa central de abastecimento, dominada pelo comercio e o pelo transporte. Virou a capital brasileira do caminhão. Em Itabaiana o dinheiro corre. Essas atividades drenam dinheiro para a cidade.
O que se fazia para esse capital excedente render? Se comprava fazendas de gado, expandia-se os negócios para os municípios vizinhos ou se destinava a agiotagem, as formas tradicionais de aplicação. Os juros informais em Itabaiana eram menores, bem menores que na rede bancária oficial.
Nossa Senhora da Glória e Lagarto, principalmente, se beneficiaram desse capital excedente de Itabaiana. Sem falar de Aracaju.
Recentemente, os empresários passaram a comprar imóveis urbanos, como investimento. O mercado imobiliário explodiu. Os empresários encontraram um forma segura de investimento.
Entretanto, o tamanho do mercado foi insuficiente e o negócio entrou em crise. A oferta superou a procura.
Nesse momento a economia de Itabaiana passa por uma ebulição, uma nova onda de crescimento. Precisamos que as lideranças políticas ajudem, como fez Euclides Paes Mendonça.
Para que esse novo crescimento aconteça são necessárias medidas, ações do poder público.
A explosão de votos e o prestígio de Valmir de Francisquinho nas últimas eleições, foi fruto da importância econômica de Itabaiana para o estado. O povo entendeu que a solução para tirar Sergipe do buraco não estava mais no politiqueiros de Aracaju.
Não deu certo, por circunstâncias de todos conhecidas.
A nova fase de Itabaiana exige novos equipamentos urbanos (hotéis, centro de convenções, redefinir o papel da CEASA, teatro, gasoduto etc.). Na ordem de prioridades está a duplicação da BR – 235.
Em fevereiro de 2013, fazem dez anos, o Ministro dos Transporte Paulo Passos, delegou ao Governador de Sergipe, Marcelo Deda, a competência para que a Superintendência Regional do DNIT em Sergipe, licitasse os estudos para a duplicação do trecho da BR-235 no Estado, desde Aracaju até Itabaiana.
Nada foi feito!
Sergipe possui uma representação política federal atrasada, voltada para os pequenos interesses de sua clientela. Uma caixa d’água aqui, um trator ali, nenhuma obra estrutural, voltada para a macroeconomia do estado.
Temos gente nova. Está na hora das mudanças.
Itabaiana precisa que o seu representante na Câmara Federal, Ícaro de Valmir, aproveite a vinda de Lula a Sergipe, para exigir a duplicação da BR – 235. Não espere pelo Governo do Estado.
Eu sei, a BR – 101 está há trinta anos em obras de duplicação, é o único trecho no Brasil inacabado. Volta a tese: os nossos representantes estão atolados na politicagem miúda.
Entretanto, a urgência da conclusão da BR – 101, não tira a importância e a necessidade de duplicação da BR – 235. A economia de Sergipe exige essa duplicação. É ela que nos liga ao polo Juazeiro/Petrolina.
O novo ciclo econômico de Itabaiana depende dessa duplicação.
Está na hora dos empresários de Itabaiana, os líderes políticos, a pujante imprensa local, os intelectuais, as personalidades e o povo, entenderem o novo momento vivido pela cidade.
Duplicação da BR – 235, urgente!
Antonio Samarone. (médico sanitarista)
domingo, 19 de fevereiro de 2023
O NOVO SEMPRE VEM
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