Um homem de espírito.
(por Antonio Samarone)
O Comendador Aristeu de Oliveira é um homem de muitas letras. O chamado sábio provinciano. Um gênio local da literatura. O Comendador tem muitos méritos, virtudes, talentos e criatividade.
Os seus textos são lidos e elogiados por todos. Mesmo sendo uma unanimidade, o Comendador não é afeito a vaidades, escuta pacientemente os mortais, incentiva os iniciantes, orienta os noviços, é generoso com os pseudos intelectuais, tem paciência com os menos dotados, com os néscios.
Quando o Comendador recebe uma dúvida dos seus admiradores, releva, minimiza, mesmo sendo uma ninharia, ele não se aborrece.
O Comendador é um gênio em sua Aldeia, contrariando até o evangelho, onde santo de casa não faz milagres. Entretanto, o seu brilho ultrapassa as fronteiras.
O Comendador é o sal da terra, neutro, PH 7. Não se envolve, não quer saber, não opina sobre nada contraditório. Ele está certo, a vida é um teatro e, no patamar superior em que ele se encontra, não cabe coisas pequenas.
O comendador é um homem discreto, brilha, se destaca, mesmo tratando do prosaico. O Comendador ver a vida de camarote. No andar de cima.
Ele acaba de publicar em Portugal, Editora Nova Coimbra, um compêndio de 600 páginas sobre a “crase”. O Comendador sabe tudo sobre a língua materna. Aliás, é um “virtuose” da língua portuguesa. Passa meses sem cometer um erro, nem na escrita, nem na fala.
O Comendador não perdoa a Academia Sueca, por ter premiado com o Nobel de literatura, José Saramago, um escritor pouco afeito as regras cultas do português.
Os amigos do Comendador, onde eu me incluo, aguardam a sua obra prima. A sua marca para a eternidade.
Sei das dificuldades de ser artista em Sergipe, de produzir arte por aqui.
O Comendador é uma exceção!
Antonio Samarone (médico sanitarista)
Antonio Samarone.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2023
UM HOMEM DE ESPÍRITO
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