quarta-feira, 12 de agosto de 2020

A PESTE MASCARADA


A Peste Mascarada.
(por Antonio Samarone)

As máscaras protegem, evitando o contágio da covid-19?

Na ausência de medidas sanitárias de bloqueio dos contágios (isolamento dos infectado, testagem dos contactantes, bloqueio dos casos, rastreamento e busca ativa), o Poder Público torna o uso de máscaras obrigatório, sob pena de sanções.

São conhecidas três tipos de máscaras.

1. As máscaras cirúrgicas.

As máscaras cirúrgicas, que cobre a boca e o nariz, são usadas por médicos e assistentes para não infectar os pacientes na mesa de operação. Essas máscaras precisam ser trocadas regularmente e descartada de forma higiênica e segura. Na sala de cirurgia, a máscara deve ser trocada pelo menos a cada duas horas.

Essas máscaras não podem ser manuseadas e exigem cuidados ao retirá-las após o uso, evitando-se a contaminação das mãos.

Está claro, que esse tipo de máscaras, usadas e descartadas adequadamente, reduz a emissão de gotículas e aerossóis por quem está expelindo. Se o vírus já está circulando, elas pouco impedem que os seus usuários se contaminem.

Em resumo, a máscara cirúrgica serve mais para proteger as pessoas ao redor de quem a está usando do que propriamente quem está de máscara. O uso das máscaras cirúrgicas traz um benefício indireto, serve de aleta, para que não se leve as mãos sujas ao rosto e evite-se aglomerações.

Essas máscaras cirúrgicas não protegem o usuário de uma possível infecção através de gotículas e secreções que saem da boca de uma pessoa infectada, quando ela espirra ou tosse. Geralmente, o vírus entra no corpo pela boca, o nariz ou pelos olhos.

2. As máscaras de pano.

Essas padecem das mesmas limitações das máscaras cirúrgicas, agravadas pela necessidade de higienizações frequentes. As máscaras de tecido também devem ser trocadas com frequência e lavadas com água quente, ou com detergentes adequados, para que os vírus não sobrevivam.

Essas máscaras de pano, mesmo reutilizáveis, devem ser trocadas com frequência, para funcionarem com equipamento de proteção. As pessoas desinformadas não tomam os cuidados necessários com essas máscaras após o uso.

Na prática, essas máscaras de pano se transformaram em adereços do vestuário, com marcas famosas, personalizações, símbolos, estilos e sutilezas. São burcas ocidentais.

3. As máscaras de proteção (EPIs)

São máscaras que filtram o ar – tanto na versão descartável, feita a partir de fibra de celulose com um elemento filtrante e uma válvula expiratória, quanto de material sintético, à qual é acoplado um filtro.

As máscaras EPI são usadas em hospitais quando profissionais de saúde entram em contato com pacientes de doenças altamente infecciosas. São usadas juntamente com outros EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), como protetor ocular, luvas, aventais e macacões descartáveis.

As máscaras EPI são usados pelos profissionais de saúde que estão na linha de frente no atendimento da covid-19. No Brasil, essas máscaras seguem a regulamentação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e precisam de CA (certificado de aprovação). São os tipos N95, N99, R95 ou PFF2.

Não é aconselhável, nem viável, o uso dessa máscaras (EPI) pelo público em geral. Elas são reservadas para os trabalhadores expostos a riscos extremos.

Portanto, as máscaras em geral ajudam na redução do contágio da covid-19, quando usadas de forma adequada e somadas a outras medidas de higiene e vigilância. As máscaras usadas de forma incorreta podem tornar-se em um veículos de transmissão do vírus.

Portanto, leis obrigando o uso de máscaras, sem o devido esclarecimento e treinamento, são apenas jogadas de marketing.

Antonio Samarone (médico sanitarista)

 

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