Uma liga é uma liga.
(por Antonio Samarone)
Natã Lima Nascimento cresceu querendo ser caminhoneiro. Filho de Fiote da Castanha, de família humilde, o menino tinha talento. Começou a cantar desde os 15 anos. E deu certo. Aos 22 anos, tornou-se um nome do brega nacional: Natanzinho Lima, uma revelação do Arrocha.
Quando o rapper americano Will Smith desembarcou no Brasil, dançando uma música de Natanzinho, ele explodiu nas redes sociais, no mundo.
Não é fácil, saindo de Itabaiana, virar sucesso nacional. Independe do gênero musical. Eu sei, os refinados não gostam do estilo, mas a questão é outra.
Ao lado desse fenômeno musical temos um sociológico.
Natanzinho, ficou famoso más não perdeu as raízes. Divulga vaidosamente Itabaiana, cultiva a família, os amigos, a cultura caminhoneira. Não esqueceu as origens. Ontem, o povo foi as ruas para agradecer.
Ontem, ponto facultativo em Itabaiana, a cidade parou. A multidão estava comemorando uma vitória deles, como se fosse um campeonato do Tremendão da Serra. Vencemos, todos exclamavam! Natazinho era o “Ulisses” da Odisseia grega.
“Fi do Canso” vitorioso! A live do Show de ontem, teve um milhão e meio de acessos.
O NU 12, de Natanzinho, significa em toda velocidade, no pico. Refere-se a 120 km por hora, a velocidade máxima dos caminhões. “Uma liga é uma liga” é uma gíria dos caminhoneiros. Quem quiser saber o significado, que procure. Eu não revelo!
Aquela gente sentia que o sucesso de Natanzinho era coletivo, era o sucesso de uma gente que não dorme, que trabalha em tempo integral, que adora a sua terra. Desconheço quem nasceu em Itabaiana que a renegue.
Somos um povo com autoestima elevada, na vitória ou na derrota!
Antonio Samarone – Secretário da Cultura de Itabaiana.
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