sexta-feira, 9 de agosto de 2019

SAÚDE E ESPIRITUALIDADE


Saúde e Espiritualidade. (por Antônio Samarone)

Se fala que uma das carências atuais do catolicismo é a raridade de padres bem formados, cultos, estudiosos. Contrariando a esse preconceito, assisti a uma ilustrada palestra do padre Adan Maurício Santos Silva, da Taiçoca de Fora, sobre Saúde e Espiritualidade, num Congresso Norte Nordeste sobre o tema.

O Cura da Taiçoca de Dentro me impressionou pela clareza e profundidade como tratou a questão.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu, em 22 de janeiro de 1998, que “saúde é um estado dinâmico de completo bem-estar físico, mental, espiritual e social, e não meramente a ausência de doença ou enfermidade.” A espiritualidade oficialmente já faz parte do conceito de Saúde.

A Espiritualidade engloba um amplo domínio da subjetividade humana, as suas crenças e a busca pelo significado e o propósito da vida. A Espiritualidade é o caminho para encontramos um sentido para tudo, além de esperança, conforto e paz interior.

A Espiritualidade é entendida como uma busca pessoal por significados e sentido maior no existir e  a sua relação com o sagrado e o transcendente, podendo estar vinculada ou não a uma religião formalizada ou designação religiosa.

A religiosidade trata do pertencimento a uma religião formalmente constituída. É a principal forma de vivência da espiritualidade na vida contemporânea, promovendo a aproximação do ser humano com as questões espirituais.

A medicina incorporou o discurso científico de forma acrítica e tem tido dificuldade em abordar a espiritualidade dos seus pacientes. A questão espiritual da experiência humana e a sua relação com saúde e qualidade de vida é em boa parte ignorada pelos médicos. Mesmo se sabendo que o impacto da espiritualidade sobre a saúde humana já é cientificamente demonstrado.

As doença provocam uma ruptura nos aspectos biológicos, psicológicos, sociais e espirituais dos pacientes, as ações de cura deveriam atender a todos esses fatores.

Existem iniciativas dentro da medicina reavaliando essa questão espiritual, resistindo a crueza da medicina de mercado, voltada para a produtividade e para o lucro. A medicina dominante virou uma linha de produção de “procedimentos”, com uma abordagem limitada do ser humano.

As várias formas de resistência a mercantilização, recebem a designação genérica de humanização da medicina.

Antônio Samarone.

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