sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
O PARQUE NACIONAL
O Parque Nacional.
(por Antonio Samarone).
O Parque Nacional Serra de Itabaiana, foi criado em 15 de junho de 2005. Está completando 20 anos. Com uma área 7.966 há, cobre cinco municípios sergipanos. Entretanto, 95% do Parque fica nos municípios de Itabaiana e Areia Branca (Município criado em 1963).
O Parque foi criado visando a preservação do ecossistema (Mata Atlântica e Caatinga), realização de pesquisas cientificas, educação ambiental, recreação e turismo ecológico sustentável. O Parque é de posse e domínio público.
Dos objetivos previstos, houve uma redução no desmatamento e a recreação é ativa e muito procurada (40 mil visitante ano). O Poço das Moças é o local mais visitado. Sobre o turismo sustentável, ainda paira um profundo preconceito. Se sabe, que o turismo ecológico é parceiro do preservacionismo.
A Serra de Itabaiana é o melhor local para o exercício do voo-livre e de parapente do Nordeste. O salto é em direção a Areia Branca, zona de Barravento. Aliás, já existe um locar preparado na Serra do Bauzinho. Para quem não se lembra, fica por trás da Casa do Doce. Um local de 360º de visão, onde se assiste, ao mesmo tempo, o por do Sol no Sertão e o nascimento da lua no mar. Lá, o sertão já virou mar e o mar já virou sertão;
Ressalte-se a existência do Instituto Parque dos Falcões. Único Santuário dedicado à conservação das Aves de Rapina, na América do Sul.
O Brasil possui apenas 71 Parques Nacionais, sendo um em Sergipe. Existem 15 Unidades de Conservação em Sergipe: no âmbito Federal, o Parque Nacional Serra de Itabaiana, a Floresta da Ibura e a Reserva Biológica Santa Isabel.
Reservas estaduais, a Grota do Angico, a Mata do Junco, APAs da foz do Vaza Barris, da Ilha do Paraiso, APA do litoral Norte e APA do litoral Sul.
Reservas municipais: cinco APAS (Morro do Urubu, Foz do Vaza Barris, Lagoa do Frio e o Parque Ecológico Tramanday (ainda existe?).
Reservas particulares (RPPN) federais: Fonte da Bica, Pedra Urça, Dona Benta, Bom Jardim, Lagoa Encantada (Morro da Lucrécia) e Campos Novos. A reserva do Caju, é administrada pela EMBRAPA.
Voltemos a maior Unidade de Conservação de Sergipe, o Parque Nacional Serra de Itabaiana, sobretudo, sobre as suas potencialidades de Turismo Ecológico. Os municípios de Itabaiana e Areia Branca tinham muito a ganhar, em seus desenvolvimentos sustentáveis.
Em Itabaiana, vicejam as manifestações de fé. Uma cidade nascida com a Igreja. A Freguesia de Santo Antonio e Almas (1675), está completando 350 anos. O arquétipo do milagre é dominante. Qualquer evento improvável, de causa desconhecida, é imediatamente atribuído a um milagre. “Só pode ter sido milagre”, grita o inconsciente coletivo.
Nasceu em Itabaiana uma onda de devoção à Santa Dulce dos Pobres. Os fieis buscam a Igreja para a construção imediata de um Santuário. Ao mesmo tempo, será um salto no aprofundamento da fé cristã e a criação de um polo de desenvolvimento do turismo.
Em Garanhuns, Pernambuco, o turismo religioso explodiu com as comemorações planejadas das festas natalinas. Em Garanhuns, já existia o Festival de Inverno. Não precisamos mais ir ao Natal na Serra Gaúcha, em Gramado. Em Garanhuns, ganhou a Igreja e o município. Os exemplos proliferam pelo País.
Itabaiana (e Areia Branca) se preparam para o florescimento do turismo religioso e do Ecoturismo. Tem tudo para dar certo: a religiosidade do povo, gente devota disposta a investir, uma igreja católica moderna, um bispo piedoso e arejado e um poder político local voltado para o futuro e o bem-estar da população.
A fé é transbordante e o Parque nacional é majestoso. As condições objetivas estão postas.
O turismo religioso do Juazeiro do Padre Cícero é feito em parceria com o uso sustentável da Floresta Nacional do Araripe, a primeira do Brasil. O turismo religioso ambiental é uma combinação perfeita, salva-se o corpo e a alma.
Itabaiana, cidade dos milagres.
Antonio Samarone – Secretário de Cultura.
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