quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

O PEIDO DA VACA



O peido da vaca.

O Presidente Bolsonaro não aceitou sediar a COP25, a próxima Conferência do Clima das Nações Unidas. Entende o Presidente, que essa ameaça de catástrofe climática é uma balela, e que o Acordo de Paris pretende criar "nações" indígenas dentro do Brasil, e um corredor ecológico conhecido como "Triplo A" (Andes, Amazônia, Atlântico), restringindo a nossa autonomia. Essas doidices devem ter saído da cabeça de Olavo Carvalho.

O Brasil abriu mão de um certo protagonismo mundial nas questões ambientais, e põe em risco a imagem do nosso agronegócio. O mundo quer consumir alimentos sustentáveis.

Para complicar, essa semana, o relatório “Criando um Futuro Alimentar Sustentável”, do Instituto de Recursos Mundiais (WRI), lançado durante a Conferência do Clima da ONU (COP-24), em Katowice, na Polônia, apontou que o consumo de carne no mundo precisa ser reduzido em 40%, para minimizar o aquecimento global. O Brasil é um grande produtor e consumidor de carne.

E por que peste, comer carne aumenta o aquecimento global, me perguntou Rodolfo, o marchante da feira do Mosqueiro? Tentei explicar: a digestão das vacas e de outros animais na forma de ventosidades e excrementos, juntamente com o uso da terra exigido para sua criação e alimentação, liberam mais gases que todo o setor mundial de transportes. O Marchante retrucou: quer dizer que o peido da vaca é quem causa o efeito estufa?

Eu disse, mais ou menos! Voltei para ciência - no peido da vaca são liberados metano e CO², resultante da fermentação ruminal, responsável por 22% dos gases do efeito estufa. Os ruminantes em geral, são mais perigosos que os combustíveis fosseis (petróleo e carvão). A coisa é séria!

Rodolfo, impaciente, encerrou a conversa: eu sabia, essa confusão com os matadouros em Itabaiana e Ribeirópolis deve ser o dedo desse tal Acordo de Paris. O velho churrasco está com os dias contados. O Chanceler de Bolsonaro tem razão, essa conversa de aquecimento global é uma conspiração dos comunistas.

Antônio Samarone.

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