terça-feira, 19 de junho de 2018

A SAÚDE EM SERGIPE AINDA TEM JEITO?



A Saúde ainda tem jeito em Sergipe?

Existe um consenso, a precariedade da Saúde no Estado de Sergipe. Ao lado da segurança pública, a Saúde ostenta a liderança das insatisfações.

Como tirar a Saúde do buraco? É preciso evitar duas simplificações: que existem saídas fáceis; ou que não tem jeito. O Estado gasta mais de 1 bilhão por ano. É suficiente? Para oferecer o atual padrão de serviços é muito, para prestar um serviço descente é pouco. Entretanto, sem uma gestão profissionalizada, botar mais recursos, é jogar dinheiro fora e aquecer a corrupção.

Não existem nem receitas prontas, nem salvadores da pátria. Depende de decisão política e coragem, para se romper com interesses poderosos, em várias frentes. A resposta não seria imediata, resistências e boicotes surgiriam. Contudo, a restauração da Saúde requer providências iniciais, para se construir uma plataforma necessária:

a)       Gestão profissionalizada – afastar imediatamente as indicações sem critérios dos políticos. Por fim ao loteamento dos cargos, o vergonhoso aparelhamento da Saúde. Isso é possível?

b)      Regulação técnica e pública – por fim ao acesso aos serviços, cirurgias e exames, por intermediação política. Acabar com os furas filas.

c)       Transparência – tornar público os contratos. Informar on-line quanto se paga, a quem, e quais os serviços são prestados. Único caminho para reduzir a corrupção.

d)      Controle informatizado e on-line de pessoal e insumos. Imediata implantação do prontuário eletrônico.

e)      Priorização da rede básica.

Isso feito, inicia-se o planejamento das ações, centrado na epidemiologia e na participação social. A médio e longo prazo, apareceriam os resultados. É uma mudança cultural profunda, inclusive dos usuários e profissionais da saúde. É possível, mas nada fácil.

Claro, não estou falando desse final de governo, onde quase tudo já está a serviço da disputa eleitoral. Eu falo quase tudo. Raríssimo o setor da Saúde sem um donatário político. Aguardo os programas dos candidatos ao governo, nas próximas eleições.

Antonio Samarone.

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