sexta-feira, 15 de junho de 2018

A HAGIOGRAFIA E A MEDICINA



A hagiografia e a medicina...

Lendo sobre a vida de Santa Catarina de Siena (1347 – 1380), observo que ela se tornou santa, basicamente, alimentando-se de pão e ervas. Ainda adolescente, adotou uma dieta rigorosa de emagrecimento, rejeitava outros alimentos, e recorria ao vômito quando lhe forçavam comer. Encontrava-se e conversava regularmente com Jesus Cristo.

Apesar do jejum rigoroso, Catarina possuía grande vitalidade, era uma incansável. Duas suspeitas na época: ou estava possuída pelo demônio, era uma bruxa; ou tinha recebido as graças divinas, era uma Santa. Prevaleceu a segunda opção.

A mesma Catarina na era vitoriana, final do século XIX, seria diagnosticada e tratada pela medicina como portadora de uma síndrome histérica. Agora, com os “avanços científicos” da medicina pôs moderna, a mesma Catarina seria portadora de um transtorno alimentar (F50, do CID), com sintomas psicóticos. Santa Catarina seria uma cliente da psiquiatria e da indústria farmacêutica. Viva Santa Catarina...

Antônio Samarone.

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