Fedro Portugal, nasceu na Praça
Camerino, Aracaju, em primeiro de julho de 1944. Filho dos professores
Francisco Portugal e Maria da Glória. Fedro se criou cercado de livros e antes
da televisão, quando aprendeu a gostar da rua já tinha lido muita coisa. O seu
pai era um agnóstico de profunda erudição, que lia Goethe no original. Fedro
estudou com os melhores professores de Sergipe e desde cedo destacou-se
intelectualmente. Junto com Luiz Daniel Baronto, fundou a Arcádia Gilberto
Amado, disputando as iniciativas culturais com a Arcádia do Colégio Atheneu.
Ainda no científico, Fedro já ensinava inglês no Colégio Tobias Barreto. Fedro
estudo piano com a professora Maria Gesteira.
Fedro aproximou-se da medicina
por influência do Tio, Dr. Geraldo Magela, e pela presença frequente em sua
casa do Dr. D´Ávila Nabuco. Durante o vestibular, na hora escolher a língua para
a prova de língua estrangeira, Fedro escolhe o alemão, colocando a Faculdade de
Medicina em dificuldades. Só os professores Hercílio Cruz e Lourival Bomfim,
estavam em condições de elaborar e corrigir uma prova em alemão. Fedro foi
aluno da terceira turma de medicina, 1963, junto com Eduardo Garcia, Ildelte Caldas,
Margaridinha, Agnaldo, Rollemberg, Délia, Antônio Santana, Lícia, Selma e
Caetano Quaranta. A opção pela dermatologia foi influência direta do Professor
Delso Calheiro. Imediatamente após a formatura (1968), Fedro ingressou na UFS
como professor auxiliar.
Durante o curso de medicina, Fedro
ensinou biologia no curso pré-vestibular Beta, o primeiro de Sergipe (1964). O
curso era dele, Caetano Quaranta e Eduardo Garcia. O segundo pré-vestibular de
Sergipe foi o do professor de Marcos Pinheiro, que originou o Colégio CCPA. O
Dr. Fedro é casado com Selma (também médica) há 46 anos, e pai de três filho.
A doença fala, e o Dr. Fedro
pertence a geração de médicos que sabia escutar, que tratava os exames como
complementares. Também não faz a dermatologia cosmética. Humanista de elevada
erudição, poliglota, amante dos clássicos, pianista. A elevada cultura geral
era uma das marcas dos médicos antigos. Fedro é um remanescente desse período.
Com o amadurecimento, tornou-se católico militante, fortalecendo a sua postura
ética. Professor de Dermatologia, ao lado de Delso Calheiro, mantendo o elevado
nível técnico da disciplina, e servindo de exemplo ético para os estudantes de
medicina. Continua ensinando na pós-graduação da residência em dermatologia do
Hospital da UFS. O Dr. Fedro não amealhou riqueza com o exercício da medicina.
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