terça-feira, 27 de junho de 2017

A TRAGÉDIA DO SUS EM SERGIPE


A TRAGÉDIA DA SAÚDE EM SERGIPE.
Acabo de ouvi em Gilmar Carvalho uma longa entrevista do Secretário da Saúde Zé Almeida. Fiquei assustado com a desinformação de sua excelência. Assumiu o cargo outro dia afirmando que tinha encontrado um caos, mesmo no final do governo, prometendo resolver dentro de um curto prazo. Contudo, quando ele começa a dizer as providências que está tomando para resolver, que comprou isso, comprou aquilo, botou catraca, reorganizou o estacionamento, alugou um prédio, entregou outro, proibiu a livre circulação entre as alas, vai botar controle eletrônico do pessoal, demitiu não sei quem; tudo dito com a voz pausada e empostada, passando a impressão de que sabe o que está fazendo, e que tudo será dentro do protocolo, perde-se a esperança. Nada substantivo, só varejo.
Nenhuma palavra sobre a natureza da crise da saúde em Sergipe, nenhum diagnóstico do problema, nenhum entendimento sobre os equívocos da política adotada; nada sobre regulação, retaguarda da urgência, funcionamento da rede básica, financiamento, controle social, municipalização, perfil epidemiológico, transição demográfica, etc. Só um exemplo, os acidentes de trânsito sobrecarregam a urgência, o que pode ser feito para a sua redução? Nada! Contudo, o Secretário Zé Almeida mostra disposição, disse que está trabalhando os três turnos, sábados, domingos e feriados. Todos já sabiam que ele não entendia nada do funcionamento dos serviços de saúde, até quem o indicou; achar que o senador teria humildade para ouvir os técnicos (a Secretaria tem bons quadros), seria desconhecer a personalidade de Zé Almeida. Portanto, trata-se de um político dirigindo um transatlântico sem a devida habilitação.
Portanto, infelizmente não faço um bom prognóstico para o futuro da saúde em Sergipe, acho até, vejam o absurdo, que ainda tem espaço para piorar.
Antonio Samarone.

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