O Dia do Médico.
(por Antonio Samarone).
Oficialmente, comemora-se o 18 de outubro como o Dia do Médico, por ser o dia consagrado pela igreja romana a São Lucas, o evangelista. Além do evangelho, Lucas escreveu o Ato dos Apóstolos.
Segundo a tradição, São Lucas era médico. Exerceu a medicina na Antióquia (atual Síria). Viveu no século I d.C. Portanto, não conheceu Jesus, fala por ouvi dizer. Não se sabe nem a data do nascimento nem da morte.
Entretanto, os seus despojos encontram-se em Pádua, na Itália, onde há um jazigo com o seu nome, que é visitado pelos peregrinos.
Sabe-se que era médico, pois na epistola de São Paulo aos colossenses, Lucas é tratado como o amado médico (4,14). Foi amigo de São Paulo. O seu evangelho é eivado da linguagem médica da época.
São Lucas ficou conhecido do público no ocidente, após a publicação do romance “Médico de Homens e de Almas”, de Taylor Caldwell.
Entretanto, a escolha de São Lucas como patrono dos médicos é bem antiga.
Eurico Branco Ribeiro, cirurgião paulista, escreveu uma obra de 685 páginas, em 4 volumes, sobre a vida de São Lucas, intitulada: “Médico, Pintor e Santo”, onde ele afirma que, já em 1463, a Universidade de Pádua iniciava o ano letivo em 18 de outubro, em homenagem a São Lucas.
Portanto, a tradição de São Lucas como patrono dos médicos vem de longe.
No momento, a medicina brasileira passa por turbulências, por conta do compacto alinhamento partidário da categoria com o “Mito”. A tradição médica é com a diversidade, o humanismo e a tolerância.
O objetivo central da medicina é aliviar o sofrimento humano. Portanto, incompatível com adesões incondicionais.
Contudo, o saldo humanista é positivo.
Foram os médicos que estiveram na linha de frente do socorro às vítimas da Peste, no momento que o ar lhe faltava.
Salve o Dia dos Médicos!
Antonio Samarone (médico sanitarista).
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