quinta-feira, 12 de novembro de 2020

A PANDEMIA ELEITORAL

A Pandemia Eleitoral...

(por Antonio Samarone)
Os negacionistas perderam. A Pandemia de Covid-19 vem se manifestando no mundo de forma pestilencial. A Covid-19 tem deixado rastros sanitários, sociais e econômicos por onde passa. Não é uma enfermidade passageira.
A temida segunda onda já viceja na Europa.
No Brasil, a tragédia está incubada. O processo eleitoral abriu as comportas da irresponsabilidade. As aglomerações, o descuido com a higiene pessoal e o uso de máscaras se tornaram insultuosos. As autoridades deram o mau exemplo: caíram na bandalheira.
A primeira onda no Brasil seguiu um comportamento epidemiológico diferente da Europa. O saldo de vítimas foi maior. As consequências nefastas para a vida das pessoas foram maiores. E ainda está em andamento!
As eleições municipais interromperam a transição sanitária. Um decreto não publicado foi cumprido: Não se fala mais nisso! A Pandemia acabou no meio. O fato foi comemorado com passeatas, carreatas e foguetórios.
A Justiça Eleitoral vem prometendo uma votação segura. Espero que cumpra a promessa. Que os protocolos de segurança sejam obedecidos, pelo menos no dia da eleição.
Os órgãos de Saúde Pública em Aracaju estão em um silencio tumular. Não falam no assunto. A Peste foi ocultada, maquiada, escondida. O medo é a tragédia pós eleitoral.
Uma pergunta: essas mesmas autoridades que rasgaram os protocolos de segurança para pedirem votos, terão legitimidade para imporem novas restrições, novos confinamentos, se a segunda onda explodir, como se prevê?
Como saímos da primeira onda sem planejamento, sem os devidos cuidados, uma recaída pode ser mais grave. A campanha eleitoral detonou todas as medidas de proteção.
Surpreende o silencio da Imprensa, dos meios de comunicação de massas.
Uma grande mentira só prospera pelo ardoroso desejo da maioria da Sociedade em acreditar em milagres. A dura realidade da tragédia sanitária não interessa. Busca-se a ilusão. Os mais racionais acreditavam que uma vacina nos salvaria.
Como a vacina está demorando, a promessa da vacina é suficiente.
A Covid-19 ainda é pouco conhecida, não se comporta como as epidemias clássicas, não obedece a certas regras. A doença continua causando surpresas.
Deus nos proteja depois das eleições.
Antonio Samarone. (médico sanitarista)
PS: sou candidato, mas respeitei as medidas de segurança contra a Peste)

 

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