quarta-feira, 2 de maio de 2018

MORTALIDADE MATERNA EM SERGIPE.



Mortalidade materna.

A deficiência dos serviços médicos em Sergipe, no alvorecer do século XX, pode ser exemplificada com o episódio do falecimento em Palácio, em 13/12/1907, durante trabalho de parto, de dona Capitolina Alves de Melo, segunda esposa do Desembargador Guilherme de Souza Campos, então Governador do Estado (1905/08).

O parto foi acompanhado pelos experientes doutores Cândido da Costa Pinto e José Moreira de Magalhães, que chegaram à conclusão, de que somente um procedimento cirúrgico (Cesariana) salvaria a paciente. Mesmo tendo sido sobre “operação cesariana” a tese de doutoramento do doutor Costa Pinto, o mesmo nunca tinha tido a oportunidade de realizá-la. Costa Pinto, dois anos antes, tinha sido considerado por Oswaldo Cruz, em passagem por Sergipe, o melhor médico do estado.

Em Sergipe, no início do século XX, ainda não existiam condições para a realização de tal procedimento cirurgico. Nenhum médico estava preparado para realizar uma cesariana, e a esposa do Governador morreu de parto.
 
Antonio Samarone.

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