domingo, 12 de novembro de 2017

A ESPANTOSA HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA

A espantosa história da psiquiatria.

Início do século XX, os manicômios lotados de doentes mentais, e a psiquiatria sem recursos terapêuticos. Em 1917, Julius Wagner von Jauregg, médico vienense, faz uma descoberta surpreendente: uma paciente psicótica, em crise violenta, contraiu uma infecção respiratória, com febre alta. Ao final do período febril a paciente ficou lúcida, e a psicose desapareceu. Conclusão do Dr. Jauregg, a febre pode curar as doenças mentais, a chamada piroterapia. A partir dessa maluquice, passaram a inocular germes patogênicos nos doentes mentais, para tratar a psicose. Em alguns casos inoculavam o sangue contaminado com malária diretamente no cérebro do paciente. Muitos morreram, outros ficaram com lesões irrecuperáveis no cérebro e, claro, a agressão era totalmente ineficaz. O Dr. Julius Wagner von Jauregg, pela descoberta da conduta de infectar os doentes mentais para causar febre alta e prolongada, recebeu o prêmio Nobel de medicina em 1927.

Outra técnica terapêutica do mesmo período, foi a insulinoterapia, descoberta pelo médico austríaco Manfred Sakel. Ele imaginava que se injetasse doses elevadas de insulina nos doentes mentais eles entrariam em coma hipoglicêmico, e que se esse coma fosse repetido por vários dias, os doentes mentais seriam beneficiados. A lesão cerebral era a principal consequência desse tratamento, o que causava uma apatia posterior nos doentes, vista pela equipe médica como vantajosas. A terapia da febre e a terapia do coma foram usadas em quase todos os hospitais importantes do mundo até a década de 1950.

Antônio Samarone.

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