Hospital de Cirurgia
Finalmente, o Governo autorizou o
restabelecimento das cirurgias cardíacas pelo SUS. O estado fez um adiantamento
de dinheiro para o Hospital de Cirurgia e colocou uma pessoa para tomar conta
da grana. O Cirurgia perdeu a credibilidade.
O estado comprou 40 cirurgias
cardíacas por mês. Como a fila é grande, se as pessoas deixarem de necessitar de
novas cirurgias (claro, impossível), a fila atual será atendida em 10 meses.
Muitos morrerão pelo caminho.
Não tenho dúvidas: o SUS não pode
continuar dependente de hospitais “filantrópicos” que não funcionam.
Transformar o HUSE em hospital de urgência e construir um Hospital Geral, na
grande Aracaju, para os casos eletivos, pode ser uma boa saída. Um hospital público,
que também funcione como retaguarda para o HUSE. Mesmo levando em consideração
que os hospitais regionais irão começar a funcionar, repassados para consórcios
municipais, um Hospital Geral será bem-vindo.
Construir mais hospitais? Já sei,
vão dizer que hospital público não funciona e que não existe recursos para o
custeio, para mantê-lo em funcionamento. Claro, falo num hospital bem administrado,
profissionalmente, sem politicagem e sem corrupção. Quanto aos recursos, é só
usar a metade do que se gasta comprando serviços a filantrópicos ineficientes. No
caso de Sergipe, construir um hospital geral eletivo se faz necessário.
Por último, para aliviar as filas
de espera, o Estado, com o que sobrar do combate a corrupção e do desperdício
na saúde (cerca de 30% do orçamento), pode incentivar os municípios que
priorizarem as suas redes básicas. O Estado pode ajudar financeiramente os municípios
que quiserem investir no PSF. Por último, montar uma central pública de imagens,
funcionando 24 horas; e criar uma unidade de referência para ortopedia e
traumas.
Claro que não se vai resolver o
caos da Saúde de uma hora para outra, mas se pode melhorar bastante. Os
primeiros passos são reduzir a corrupção e enxotar os políticos da gestão. Profissionalizar
a gestão. A Saúde não pode ser nem comitê político, nem caixa 2 de campanhas.
A
dificuldade: quem está disposto a botar o chocalho no gato?
Antonio Samarone.
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