sexta-feira, 31 de agosto de 2018

HOSPITAL DE CIRURGIA



Hospital de Cirurgia

Finalmente, o Governo autorizou o restabelecimento das cirurgias cardíacas pelo SUS. O estado fez um adiantamento de dinheiro para o Hospital de Cirurgia e colocou uma pessoa para tomar conta da grana. O Cirurgia perdeu a credibilidade.

O estado comprou 40 cirurgias cardíacas por mês. Como a fila é grande, se as pessoas deixarem de necessitar de novas cirurgias (claro, impossível), a fila atual será atendida em 10 meses. Muitos morrerão pelo caminho.

Não tenho dúvidas: o SUS não pode continuar dependente de hospitais “filantrópicos” que não funcionam. Transformar o HUSE em hospital de urgência e construir um Hospital Geral, na grande Aracaju, para os casos eletivos, pode ser uma boa saída. Um hospital público, que também funcione como retaguarda para o HUSE. Mesmo levando em consideração que os hospitais regionais irão começar a funcionar, repassados para consórcios municipais, um Hospital Geral será bem-vindo.

Construir mais hospitais? Já sei, vão dizer que hospital público não funciona e que não existe recursos para o custeio, para mantê-lo em funcionamento. Claro, falo num hospital bem administrado, profissionalmente, sem politicagem e sem corrupção. Quanto aos recursos, é só usar a metade do que se gasta comprando serviços a filantrópicos ineficientes. No caso de Sergipe, construir um hospital geral eletivo se faz necessário.

Por último, para aliviar as filas de espera, o Estado, com o que sobrar do combate a corrupção e do desperdício na saúde (cerca de 30% do orçamento), pode incentivar os municípios que priorizarem as suas redes básicas. O Estado pode ajudar financeiramente os municípios que quiserem investir no PSF. Por último, montar uma central pública de imagens, funcionando 24 horas; e criar uma unidade de referência para ortopedia e traumas.

Claro que não se vai resolver o caos da Saúde de uma hora para outra, mas se pode melhorar bastante. Os primeiros passos são reduzir a corrupção e enxotar os políticos da gestão. Profissionalizar a gestão. A Saúde não pode ser nem comitê político, nem caixa 2 de campanhas. 
A dificuldade: quem está disposto a botar o chocalho no gato?

Antonio Samarone.

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