Silencio na Catedral.
A bela Catedral de Nossa Senhora
de Guadalupe encontra-se em reforma há uma eternidade. Poucos se lembram da
última missa ali celebrada. A diocese da Estância foi criada em 30 de abril de
1960 e possui vinte paróquias. Na atualidade, o bispo é o italiano Dom Giovanni
Crippa. No ritmo das obras, poucos alcançarão essa igreja funcionando.
A igreja de Nossa Senhora de
Guadalupe, parte do patrimônio histórico tombado pelo IPHAN, foi
interditada pela Defesa Civil em 15 de setembro de 2014. Continua fechada, e
pela velocidade das obras, não existe previsão de funcionamento. A razão alegada
é a falta de recursos. Quem pode ajudar?
Tudo bem, Estância é uma de
cidade de muitos pobres, mas os poucos ricos são muito ricos. Estância foi o
centro cultural de Sergipe por muitos anos. Terra de artistas e intelectuais.
Entendo as dificuldades, pois até a reforma da catedral de Aracaju precisou do
dinheiro público (de fiéis e infiéis), para o andamento da obra.
Acho que os barões endinheirados da
Estância, poderiam ajudar na recuperação da Catedral. O capital precisa cumprir
a sua função social, prevista na Constituição. Afinal, a riqueza foi gerada
pelo suor de muita gente. A Catedral é uma igreja centenária, construída no
século XVIII. Em 1903, teve acrescida a torre do relógio. Foi lá o primeiro
túmulo de Inácio Barbosa, o governante que transferiu a Capital para Aracaju.
Mal comparando, comenta-se que a suntuosa
igreja que está sendo erguida, ao lado do viaduto do DIA, em Aracaju, será um
templo da Universal. Os gastos são suficientes para reformar dez Catedrais de
Nossa Senhora de Guadalupe. Outros tempos, outros templos. Pelo menos economicamente,
a toda poderosa igreja romana está sendo suplantada em Sergipe.
Antonio Samarone.
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