sábado, 24 de fevereiro de 2018

IPTI



IPTI

Quando o Brasil parece afundar e não ter mais jeito, surge uma nesga de luz. Fui hoje, numa comitiva do Rotary, visitar o Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI) uma instituição de ciência, tecnologia e inovação, privada, com fins não econômicos, fundada em outubro de 2003, na cidade de São Paulo (SP), com o objetivo de desenvolver soluções integradas entre tecnologia e processos humanos, tendo como áreas prioritárias a educação, saúde pública e economias criativas.

Onde funciona essa novidade? Graças a competência e dedicação do engenheiro sergipano Saulo Barreto, essa Organização Social tem sede no Povoado Crasto, Santa Luzia do Itanhy; com filial em New York. O mundo aplaude e premia os talentos do Crasto; Sergipe desconhece.

Fico acanhado de contar o que vi, com medo de passar por mentiroso. Voltei orgulho e com a alma lavada. Esse Brasil avacalhado tem jeito. O sangue bom de um Saulo, vai sufocar parte da bandalheira. Tomei uma decisão: Saulo Barreto é o meu candidato ao Nobel da Paz.

Antônio Samarone.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

SERGIPE JÁ EXPORTOU INTELIGÊNCIAS.


SERGIPE JÁ EXPORTOU INTELIGÊNCIAS.

A Faculdade de Medicina da USP foi criada tardiamente (a aula inaugural aconteceu em 02 de abril de 1913 e o curso regular iniciou em 1914). São Paulo já era uma potência econômica. A elite paulistana caprichou, com a ajuda da Fundação Rockfeller, criou uma faculdade de medicina de primeiro mundo. Entres os primeiros professores encontramos: cátedra de Anatomia; Prof. Dr. Alfonso Bovero [proveniente da Universidade de Turim; Itália], cátedra de Fisiologia; Prof. Lambert Mayer Simon [proveniente da Faculdade de Medicina de Nancy; França]; cátedra de Higiene; Dr. Samuel Taylor Darling [enviado pela Fundação Rockefeller]; cátedra de Medicina Legal; Prof. Dr. Oscar Freire de Carvalho; cátedra de Ginecologia; Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho; cátedra de Psiquiatria; Dr. Francisco Franco da Rocha; cátedra de Microbiologia; Dr. Antonio Carini [proveniente da Universidade de Turim; Itália]; cátedra de Patologia; Dr. Walter Haberfeld, [ proveniente da Alemanha]; cátedra de Patologia; Dr. Alexandre Donati, [proveniente da Universidade de Turim, Itália];”; cátedra de Neurologia, Prof. Enjoras Vampré, [proveniente de Sergipe} e cátedra de Farmacologia; Prof. Dr. Ascendino Ângelo dos Reis, [proveniente de Sergipe].

Perceberam? Entre os renomados professores escolhidos, dois eram sergipanos.

Antonio Samarone.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

LEANDRO GOMES DE BARROS

Leandro Gomes de Barros.

Por Antonio Samarone.

Pensei em postar uma homenagem a Leandro Gomes de Barros, o maior da poesia de cordel, onde no 04 de março de 2018, comemora-se o centenário de sua morte. Entretanto fiquei acanhado em falar, descobrindo o que já se disse (e quem disse) sobre ele:

Câmara Cascudo escreveu:
“Viveu exclusivamente de escrever versos populares, inventando desafios entre cantadores, arquitetando romances, narrando as aventuras de Antônio Silvino, comentando fatos, fazendo sátiras. Fecundo e sempre novo, original e espirituoso, é o responsável por 80% da glória dos cantadores atuais”.

Em 1976, Carlos Drummond de Andrade publicou no Jornal do Brasil na edição do dia 9 de setembro:
“Em 1913, certamente mal informados, 39 escritores, num total de 173, elegeram por maioria relativa Olavo Bilac príncipe dos poetas brasileiros. Atribuo o resultado a má informação porque o título, a ser concedido, só poderia caber a Leandro Gomes de Barros, nome desconhecido no Rio de Janeiro, local da eleição promovida pela revista FON-FON, mas vastamente popular no Nordeste do País, onde suas obras alcançaram divulgação jamais sonhada pelo autor de “Ouvir Estrelas”. ... E aqui desfaço a perplexidade que algum leitor não familiarizado com o assunto estará sentindo ao ver defrontados os nomes de Olavo Bilac e Leandro Gomes de Barros. Um é poeta erudito, produto da cultura urbana e burguesa média; o outro, planta sertaneja vicejando à margem do cangaço, da seca e da pobreza. Aquele tinha livros admirados nas rodas sociais, e os salões o recebiam com flores. Este, espalhava seus versos em folhetos de cordel, de papel ordinário, com xilogravuras toscas, vendidas nas feiras a um público de alpercatas ou de pé no chão.”

Ariano Suassuna, que muito bebeu na fonte de Leandro Gomes de Barros, ao ser perguntado sobre a natureza do mal, questão central da filosofia e da teologia, respondeu com um verso do poeta popular:

“Se eu conversasse com Deus/ Iria lhe perguntar:/ Por que é que sofremos tanto/ Quando se chega pra cá? / Perguntaria também/ Como é que ele é feito/ Que não dorme, que não come/ E assim vive satisfeito. / Por que é que ele não fez? A gente do mesmo jeito? Por que existem uns felizes/ E outros que sofrem tanto? / Nascemos do mesmo jeito, / Vivemos no mesmo canto. / Quem foi temperar o choro/ E acabou salgando o pranto? “

Recentemente, o grupo Imbuaça montou uma peça em homenagem a Leandro. Se for acontecer em Sergipe qualquer homenagem ao centenário do grande poeta, me avisem hora e local, que darei um jeito de comparecer.
Fonte: http://obviousmag.org/