sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

SERGIPE NA CONTRAMÃO DA HISTÓRIA


Sergipe na contramão da história.

Não é segredo que as energias sustentáveis (eólica, solar, biomassas, etc) representam o futuro. O mundo anda nesta direção. No Brasil, o Nordeste representa o polo mais avançado da renovação de fontes energéticas. O Rio Grande do Norte, por exemplo, possui 122 Usinas Eólicas em operação e mais 25 sendo construídas. O Piauí inaugurou o maior parque de energia fotovoltaica (solar) da América Latina.

E em Sergipe, por onde caminhamos? Possuímos o acanhado Parque Eólico Barra dos Coqueiros, com a capacidade instalada de apenas 34,5 MW, e nenhuma previsão de novos. Um Parque quase simbólico. Por outro lado, estamos fazendo festa pela instalação da maior termoelétrica da América Latina, atividade entre as mais poluentes do mundo, nas proximidades de um polo turístico (os condomínios da Barra dos Coqueiros). Na realidade, as grandes empresas internacionais, produtoras de energias de fontes poluentes e não renováveis, estão procurando lugares remotos, com baixos índices de cidadania, para se instalarem. E escolheram Sergipe.

Na fase de construção gera empregos, libera recursos para recuperar alguns equipamentos culturais e cria a ilusão que Sergipe pode se recuperar economicamente. Observação: não incide tributos estaduais sobre a produção de energia; sendo mais claro, o estado não tem nada a arrecadar. Por outro lado, a médio e longo prazo uma questão se impõe: começando a funcionar a partir de 2020, quais serão as consequências para o meio-ambiente e para a saúde das populações afetadas? No futuro, a chuva ácida e gases para apressar o aquecimento global...

Antônio Samarone.  

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