Quem pensou no futuro?
O governo do Piauí instalou o maior
empreendimento de energia fotovoltaica da América latina”, energia limpa e sustentável.
Em Sergipe, o Governo autorizou a GE Power Services instalar a maior termoelétrica
da América Latina, a usina vai produzir 1,5 mil megawatts e será capaz de
atender a 15% da energia consumida no Nordeste. São posições opostas de gerar
energia, desenvolvimento e emprego: uma sustentável, outra poluidora; uma visando
o futuro, outra afundada no passado. Sergipe seguiu o caminho do passado,
resolveu implantar o modelo Cubatão de desenvolvimento.
As termoelétricas a gás, o caso
de Sergipe, lançam no meio ambiente o CO² (gás carbônico) – efeito estufa; SO²
(dióxido de enxofre), gotículas de ácido sulfúrico (chuva ácida); o NOx (óxidos
de nitrogênio), responsáveis pelo smog; encontra-se entre as atividades mais poluidoras
do mundo. A termoelétrica de Sergipe, sozinha, produzirá dez vezes mais CO² que
toda a frota de veículos do estado. Sabe-se que essa é apenas a primeira usina,
o projeto prevê mais duas.
Além do agravamento do efeito
estufa, as termoelétricas são responsáveis pelo aquecimento da água, onde o
despejo for lançado, com consequências para a vida marinha; e pela temida chuva
ácida, pondo em risco a agricultura e as matas restantes. A chuva ácida atinge
vários km de distância das termoelétricas.
Sei que os defensores desse
modelo de desenvolvimento, que ignoram os impactos ambientais, vão dizer que
houve “estudos” e que os agravos serão mínimos. Não é o que apontam os estudos científicos
publicados sobre as termoelétricas. No momento, a cidade de Peruíbe, interior
de São Paulo, está em pé de guerra contra a implantação de uma termoelétrica.
Já aprovaram uma lei municipal proibindo. A crescente resistência a instalação
de atividades destruidoras do meio ambiente, tem levado as empresas procurarem regiões
onde a consciência ambiental seja reduzida.
A Governo Jackson Barreto deixará
essa bomba poluente como herança. Deus nos proteja.
Antônio Samarone.
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