O herdeiro do PFL em Sergipe.
Mesmo discordando da linha política do
PFL (Dem), não posso desconhecer que eles mandaram em Sergipe. João Alves foi governador
por três vezes, prefeito de Aracaju por duas, ministro, e liderou a política por
longos anos. Maria do Carmo senadora por dois mandatos. Quem seria o herdeiro
desse legado?
Mendonça Prado se criou na política sob
o guarda-chuva da família Alves, seria o herdeiro natural. Porém, circunstancias,
emoções e imprevistos desviaram o herdeiro nos últimos anos. Mendonça subiu no
palanque dos adversários, negou o PFL, prestou serviços e foi recompensando politicamente.
Mas as diferenças rebrotaram, Mendonça se desentendeu e saiu atirando. O
primeiro impulso foi procurar um partido disponível, improvisar uma candidatura
a governador, e se apresentar como uma novidade eleitoral. Como as coisas na
política estão confusas, Mendonça Prado passou a pregar nas mídias: esqueçam
tudo, agora eu sou a portador do novo. Sigam-me!
Um imprevisto mudou essa história: o Dem
(PFL) ficou órfão em Sergipe. O Partido foi a leilão: quem quer? Vai para
fulano, vai para sicrano... De repente, num gesto de coerência, a família Alves
revelou o seu testamento político: o herdeiro é Mendonça Prado, e o PFL é dele.
Como rejeitar o que já era ideologicamente dele? Mendonça Prado se aquietou com esse prurido
mudacionista (como dizia Odorico Paraguaçu) e voltou ao ninho. Agora vai
defender o legado de João Alves e Dona Maria, claro com as atualizações, e
certamente encontrará uma parte do eleitorado disposta a ouvi-lo.
Antônio Samarone.
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