Aracaju Inteligente? (por Antônio
Samarone)
Aracaju padece com a ocupação
das Avenidas Rio de Janeiro e Matadouro com a sucata de uma antiga linha férrea
da Leste Brasileira. A linha está sem uso há décadas. Inclusive, com vários
trechos cobertos pelo mato, no interior do Estado. Sem contar uma antiga Estação
Ferroviária abandonada, no coração da cidade.
Por que a Prefeitura de
Aracaju nunca tomou providências para liberar essas avenidas, favorecendo a
mobilidade, o direito de ir e vir? A quem pertence essa rede ferroviária?
A Ferrovia Centro-Atlântica
S.A. obteve a concessão da Malha Centro-Leste, incluindo o trecho que passa em
Sergipe, no leilão realizado em 14/06/96. A empresa iniciou a operação dos
serviços públicos de transporte ferroviário de cargas em 01/09/96. A concessão
foi por trinta anos.
Ocorre que, após 23 anos da
concessão, a Centro Atlântica S.A. nunca operou regularmente o trecho
sergipano. Na clausula nona do contrato de concessão, entre as obrigações da concessionária
encontra-se:
“prestar serviço adequado ao
pleno atendimento dos usuários, sem qualquer tipo de discriminação e sem ocorrer
em abuso do poder econômico, atendendo as condições de regularidade,
continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua
prestação e modicidades das tarifas.”
Esta cláusula nunca foi
cumprida. A concessão está nula de pleno direito. Bastava um pouco de zelo do
gestor municipal, para acionar a Agência Nacional de Transporte Públicos (ANTT)
solicitando a desocupação das vias públicas de Aracaju. Não conseguindo pela
via administrativa, acionar o poder judiciário.
De acordo com o artigo 38, da
Lei nº 8.987, de 13/02/1995 – Lei das Concessões, o contrato caducou há muito
tempo, por falta de cumprimento do objeto do contrato, a prestação do serviço.
Falta ação e interesse do
Prefeito de Aracaju.
Antônio Samarone.
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