Saúde e Espiritualidade. (por Antônio
Samarone)
Se fala que uma das carências atuais
do catolicismo é a raridade de padres bem formados, cultos, estudiosos.
Contrariando a esse preconceito, assisti a uma ilustrada palestra do padre Adan
Maurício Santos Silva, da Taiçoca de Fora, sobre Saúde e Espiritualidade, num
Congresso Norte Nordeste sobre o tema.
O Cura da Taiçoca de Dentro me
impressionou pela clareza e profundidade como tratou a questão.
A Organização Mundial de Saúde
(OMS) definiu, em 22 de janeiro de 1998, que “saúde é um estado dinâmico de
completo bem-estar físico, mental, espiritual e social, e não meramente a
ausência de doença ou enfermidade.” A espiritualidade oficialmente já faz parte
do conceito de Saúde.
A Espiritualidade engloba um
amplo domínio da subjetividade humana, as suas crenças e a busca pelo
significado e o propósito da vida. A Espiritualidade é o caminho para encontramos
um sentido para tudo, além de esperança, conforto e paz interior.
A Espiritualidade é entendida como
uma busca pessoal por significados e sentido maior no existir e a sua relação com
o sagrado e o transcendente, podendo estar vinculada ou não a uma religião
formalizada ou designação religiosa.
A religiosidade trata do
pertencimento a uma religião formalmente constituída. É a principal forma de
vivência da espiritualidade na vida contemporânea, promovendo a aproximação do
ser humano com as questões espirituais.
A medicina incorporou o discurso
científico de forma acrítica e tem tido dificuldade em abordar a espiritualidade
dos seus pacientes. A questão espiritual da experiência humana e a sua relação
com saúde e qualidade de vida é em boa parte ignorada pelos médicos. Mesmo se sabendo que o
impacto da espiritualidade sobre a saúde humana já é cientificamente
demonstrado.
As doença provocam uma ruptura
nos aspectos biológicos, psicológicos, sociais e espirituais dos pacientes, as
ações de cura deveriam atender a todos esses fatores.
Existem iniciativas dentro da
medicina reavaliando essa questão espiritual, resistindo a crueza da medicina
de mercado, voltada para a produtividade e para o lucro. A medicina dominante
virou uma linha de produção de “procedimentos”, com uma abordagem limitada do
ser humano.
As várias formas de resistência a
mercantilização, recebem a designação genérica de humanização da medicina.
Antônio Samarone.
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