Voluntários da Pátria em Sergipe. (por Antonio Samarone)
A Guerra do Paraguai foi o maior conflito da América do Sul, travado entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta pelo Brasil, Argentina e Uruguai. A guerra estendeu-se de dezembro de 1864 a março de 1870.
Quantos sergipanos foram combater Solano Lopez? Segundo Epifânio Dória, 2.762 sergipanos participaram da Guerra do Paraguai. Muita gente! Quantos retornaram? Ainda não encontrei essa informação. Quem eram esses sergipanos? Por que essa explosão de patriotismo em Sergipe? Na verdade, a participação sergipana na guerra do Paraguai é um episódio histórico à espera de um bom pesquisador. Sei que vários médicos sergipanos se engajaram nessa luta.
Uma pequena parte desses 2.762 sergipanos, eram soldados da polícia militar, que enviou um batalhão; sob o comando do Major Gonçalo Pais de Azevedo e Almeida; e de sergipanos do Corpo do Exercito e da Marinha, com destaque para o Coronel Oliveira Valadão, Marechal Rufino Enéas Gustavo Galvão (Visconde de Maracaju) e o Capitão da Marinha Aurélio Garcindo Fernandes de Sá.
Contudo, o maior contingente de sergipanos foi recrutado como Voluntários da Pátria. Escravos, ex escravos, criminosos, prisioneiros, gente pobre, muitos forçados a assumir o voluntariado. Parte desses “voluntários” partiram de Sergipe acorrentados. Entre os voluntários, está o grande herói paisano de Sergipe, nessa guerra: Francisco Camerino, poeta e guerreiro, natural do Arauá, à época município da Estância, recrutado aos 16 anos. Faleceu lutando com bravura.
A Guarda Nacional, composta de graúdos, latifundiários, senhores de baraço e cutelo, agraciados com patentes de coronéis, lavou as mãos. Essa gente mandou os seus escravos.
Talvez por ser os “voluntários” gente anônima, não se saiba quantos retornaram. Entre os cem mil brasileiros mortos na Guerra do Paraguai, quantos eram sergipanos? Procurei saber com os historiadores de Itabaiana, quantos de lá morreram nessa guerra. O Dr. Vladimir Carvalho me informou ter ciência da morte de um filho do Cônego Domingos de Melo Resende, e mais ninguém.
Acho que esses sergipanos Voluntários da Pátria (e foram muitos), mereciam nomear algum logradouro público, como homenagem. O esquecimento é uma afronta! No Rio de Janeiro, a Voluntários da Pátria é uma rua importante em Botafogo. Ressalve-se que Aracaju prestou justa homenagem a Camerino, nomeando uma das suas mais importantes praças, com busto (foto) e tudo.
Antonio Samarone.
A Guerra do Paraguai foi o maior conflito da América do Sul, travado entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta pelo Brasil, Argentina e Uruguai. A guerra estendeu-se de dezembro de 1864 a março de 1870.
Quantos sergipanos foram combater Solano Lopez? Segundo Epifânio Dória, 2.762 sergipanos participaram da Guerra do Paraguai. Muita gente! Quantos retornaram? Ainda não encontrei essa informação. Quem eram esses sergipanos? Por que essa explosão de patriotismo em Sergipe? Na verdade, a participação sergipana na guerra do Paraguai é um episódio histórico à espera de um bom pesquisador. Sei que vários médicos sergipanos se engajaram nessa luta.
Uma pequena parte desses 2.762 sergipanos, eram soldados da polícia militar, que enviou um batalhão; sob o comando do Major Gonçalo Pais de Azevedo e Almeida; e de sergipanos do Corpo do Exercito e da Marinha, com destaque para o Coronel Oliveira Valadão, Marechal Rufino Enéas Gustavo Galvão (Visconde de Maracaju) e o Capitão da Marinha Aurélio Garcindo Fernandes de Sá.
Contudo, o maior contingente de sergipanos foi recrutado como Voluntários da Pátria. Escravos, ex escravos, criminosos, prisioneiros, gente pobre, muitos forçados a assumir o voluntariado. Parte desses “voluntários” partiram de Sergipe acorrentados. Entre os voluntários, está o grande herói paisano de Sergipe, nessa guerra: Francisco Camerino, poeta e guerreiro, natural do Arauá, à época município da Estância, recrutado aos 16 anos. Faleceu lutando com bravura.
A Guarda Nacional, composta de graúdos, latifundiários, senhores de baraço e cutelo, agraciados com patentes de coronéis, lavou as mãos. Essa gente mandou os seus escravos.
Talvez por ser os “voluntários” gente anônima, não se saiba quantos retornaram. Entre os cem mil brasileiros mortos na Guerra do Paraguai, quantos eram sergipanos? Procurei saber com os historiadores de Itabaiana, quantos de lá morreram nessa guerra. O Dr. Vladimir Carvalho me informou ter ciência da morte de um filho do Cônego Domingos de Melo Resende, e mais ninguém.
Acho que esses sergipanos Voluntários da Pátria (e foram muitos), mereciam nomear algum logradouro público, como homenagem. O esquecimento é uma afronta! No Rio de Janeiro, a Voluntários da Pátria é uma rua importante em Botafogo. Ressalve-se que Aracaju prestou justa homenagem a Camerino, nomeando uma das suas mais importantes praças, com busto (foto) e tudo.
Antonio Samarone.
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