O ATERRO DA
LAGOA DOCE. (por Antônio Samarone)
O Governo do
Estado, através da DESO, decidiu aterrar uma imensa várzea no Santa Lúcia,
para construir uma estação de tratamento de esgoto. Até onde vai a estupidez
humana? A Lagoa Doce funcionava como um amortizador das enchentes do Rio Poxim.
Era um reservatório natural para o excesso de água.
O que fez o
governo? Aterrou a ligação da Lagoa Doce com o Rio Poxim, numa área de
manguezais. Sem contar a devastação da fauna e da flora, causou um grande
problema para as futuras enchentes.
Levei um
amigo, engenheiro ambiental, para ter uma opinião técnica. Ele ficou
escandalizado. Samarone, esse é um crime ambiental abominável e trará
consequências a médio e longo prazo. Claro que a causa do alagamento do Santa
Lucia, Sol Nascente e JK não foi o aterro, alagava antes; mas aterro
potencializou os efeitos da chuva.
Eu ponderei
com o engenheiro, mas o aterro da Lagoa Doce foi autorizado pela ADEMA. Eles
devem ter feito algum estudo. Ele riu! Você queria o quê, que um órgão do
estado negasse um pedido do Governador.
Eu não me
conformei: e o Ministério Público fez vistas grossas? Ele acha que não, é
provável que o MP não saiba do que se trata. Pode ser...
Voltei
convencido, o aterro criminoso da Lagoa Doce precisa de providências jurídicas.
Ainda há tempo para se paralisar a obra, punir os responsáveis, e se evitar as
consequências dessa decisão impensada.
Antônio
Samarone.
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