Gente Sergipana
– Professora Terezinha (por Antônio Samarone)
Quando cheguei
à quinta série, tosco, criado como os Tupinambás, solto pelo mundo, encontrei a
educação e a delicadeza: Dona Terezinha Silva Correia, minha professora de francês, no ginásio
de Itabaiana.
Terezinha da
Silva Correia, nasceu em 05/09/1934, no povoado Bom Jardim, em Itabaiana. Filha
de Manoel Martinho da Silva (Martim Cascavel) e dona Maria Alves da Silva. No
primário, foi aluna do professor Nestor Carvalho e estudou piano com Dona
Ritinha Noronha, filha de Esperdião Noronha.
Aluna da
primeira turma do Murilo Braga. Fez o curso Normal no Patrocínio São José, em
Aracaju. Estudou letras vernáculas na UFS. Desde 1960 é instrumentalista
(tecladista) aos domingos na Paróquia de Santo Antônio e Almas.
Casada com
Derivaldo Correia, com quem teve 6 filhos: Adelia, Ada, Adilson, Adinilson, Ademir
e Adriano; e cinco netos.
São os dados biográficos sobre dessa grande mulher. Nunca esqueci as suas aulas. Foi
com ela que aprendi a primeira poesia (e única) em francês. Ainda lembro de um
verso:
“Jamais on n'a
vu, vu, vu
Jamais on
n'verra, ra, ra
La queue d'une
souris, ris, ris
Dans l'oreille
d'un chat, chat, chat”
Professora
Terezinha, uma das coisas que mais fiz na vida foi estudar, fui aluno de muita
gente, perdi a conta. Mas já esqueci a maioria. Em suas aulas eu não aprendi francês,
o tempo foi pouco, mas aprendi bondade, grandeza, generosidade e modos. Não esqueci!
A gente ficava
com vergonha de ser mal-educado.
Parabéns,
professora Terezinha.
Antônio Samarone.
Samarone, seu é sensacional! Leio todos dias.Parabéns!
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