Quem é o Itabaianense?
Itabaiana primeiro foi Arraial, depois a Freguesia de Santo Antônio
e Almas de Itabaiana (1675), e finalmente Villa, em 1697, como nos ensinou Vladimir
Carvalho. Itabaiana foi Aldeia por trezentos anos. Só virou cidade no final do
Dezenove, em agosto de 1888. A cultura viveu sob a tutela da igreja. Na
primeira metade do século XX, foi uma cidade rural, sufocada pela pobreza. O
grupo escolar só chegou em 1936. Ganhou o status de celeiro de Sergipe.
Com a chegada da BR-235, década de 1950, explodiu os transportes e o
comércio. Itabaiana se transformou num empório. Passou a correr dinheiro e
atraiu muita gente. A guerra comercial comandou a política. A Igreja reduziu a sua
influência. Chegou o capitalismo mercantil. A cultura limitava-se a Chegança de
Zé de Abiné, a Miguel Teixeira e Joãozinho retratista e a banda de Antônio Melo,
com os seus dobrados de procissão. Destaque para Zeca Mesquita, trouxe a luz elétrica o cinema, rádio, TV, serviço auto falante e carro de passeio. Antes da Associação Atlética, a sua residência era usada para recepcionar as personalidades que visitavam Itabaiana.
Na década de 1960, a política explodiu em violência. O futebol assumiu
o papel de coesão social. A autoestima do Itabaianense disparou. O comercio
cresceu (do ouro a castanha), e a cadeia do transporte (caminhões, oficinas, autopeças,
etc.), virou o pilar da economia. Nasceu a vida urbana. Do Arraial a metrópole regional,
só Santo Antônio é o mesmo.
No Século XXI, Itabaiana está deixando de ser somente um empório e buscando
a modernização. A cultura procura os seus espaços. Academia de letras, universidades,
feira de livros, associação de peregrinos, grupos de ciclistas, orquestra sinfônica,
teatro, dança, artes plásticas, imprensa atuante, etc. Nessa fase, destaco a
visão cultural de alguns empresários: Edson Passos, Carlos Eloy, Jamysson
Machado, Ricardo de Francisquinho, Messias Peixoto, Honorino Junior, Fefi, Vicente
do Capunga, quem mais?
Em sua longa história, Itabaiana consolidou quatro emblemas: Santo Antônio,
a Filarmônica, a Associação Olímpica e os Caminhoneiros...
Antonio Samarone.
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