Respeitem Almir Santana
A trajetória de Almir Santana na Saúde Pública de Sergipe é quase
unanimidade. Um missionário dedicado ao combate das Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DST). Ou alguém discorda? O mais grave, não só discorda como
põe obstáculos ao exercício de suas atividades.
Vamos ao fato: o Dr. Almir Santana, como a lei permite, tem dois
vínculos públicos, com o estado e com o município de Aracaju. No inicio do ano,
a gestão municipal resolveu lotar o doutor Almir no atendimento ambulatorial da
rede básica. Guardando as proporções, seria como lotar Oswaldo Cruz numa
Unidade Básica para fazer consultas individuais. Um decisão sem respaldo técnico
administrativo.
Claro, sabemos da importância da atenção básica, do valor dos
profissionais que estão na labuta atendendo a população. Não é isso. O absurdo
é o mesmo que transferir um médico da família experiente para a urgência de um
pronto socorro. A experiência de mais de trinta anos de Almir Santana no
combate as DSTs em Sergipe não pode ser ignorada, esquecida, o seu valor diminuído.
O grave, é que pareceu punição, a transferência inadequada de Almir Santana.
Por razões óbvias, Almir Santana recusou a tarefa. Como consequência,
foi colocado à disposição do estado. Nesses trâmites, ele está a seis meses sem
receber salários do município. Soube que ontem, o estado assinou o decreto com
o seu acolhimento, e as consequências do ato municipal serão minimizadas.
Gente, juízo! Sei da soberba que acomete quem frequenta o poder, salvo exceções.
Almir Santana é um patrimônio de nossa combalida Saúde Pública, com relevantes
serviços prestados a nossa população, sobretudo a frações discriminadas. Ele
nunca buscou privilégios, sinecuras ou vantagens indevidas.
O povo pobre de Aracaju precisa de Almir Santana, no que ele sabe fazer
de melhor: prevenção e promoção da saúde, em especial das DSTs; na capacitação
profissional, usando a sua larga experiência de professor.
Antonio Samarone.
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