segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

SUCESSOS NACIONAIS.

Sucessos Nacionais.
(por Antonio Samarone)

Eu perguntava sempre a Luiz Antonio Barreto: por que Sergipe nunca projetou um nome nacionalmente famoso na música? Ele discordava! Dava exemplos que só ele conhecia. “Sabe aquela música, sucesso de Noel Rosa? O compositor é sergipano! Sabe aquela outra, e a outra,” e não parava de citar.

Luiz Antonio era uma enciclopédia de Sergipe. Eu cobrava um nome que fez sucesso no Brasil. E, se possível, sucesso internacional.

Para evitar mal entendidos, não estou dizendo que os nossos cantores e cantoras não possuam talentos, pelo contrário, muitos possuem. O que me deixa perplexo é não conseguirem a glória nacional. Eu desconheço as causas.

Um amigo baiano me perguntou: “por que os cestos de caranguejos em Sergipe são descobertos e os caranguejos não fogem?” Perguntei a um velho pescador, em Terra Caída. Ele resumiu: “em Sergipe, quando um caranguejo quer subir pelas paredes do cesto, os outros o puxam para baixo.”

Deve ser isso...

Depois de muita espera, os nomes surgiram. Não por coincidência, os dois, filhos de Itabaiana.

Quando o padre Francisco da Silva Lobo, criou uma orquestra sacra em Itabaiana (1745), por sinal, completa 280 anos, em 2025, ele não previa que a semente germinaria e a música fosse enraizada culturalmente em Itabaiana.

Quem são os dois sergipanos, sucessos nacionais inquestionáveis?

1. Erivaldo Junior Alves de Oliveira (Mestrinho).
2. Natã Lima Nascimento (Natanzinho Lima).

O primeiro, faz sucesso até entre os amantes da música clássica europeia. A classe média adora. O segundo, faz sucesso no “arrocha”, uma música das massas populares. Hoje, um nome nacional.

Os talentos só brotam em solos musicalmente férteis.
A minha tese, é que o sucesso de Mestrinho e Natanzinho começaram há 280 anos, quando o padre Francisco da Silva Lobo criou a orquestra sacra em Itabaiana.

Itabaiana é a Capital sergipana da música.

Antonio Samarone – Secretário de Cultura.
 

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