Velhas Novidades... (por Antônio Samarone)
Passando pelo Bairro América me deparei
com uma cena do passado: as professoras ensinando aos meninos de uma escola
pública a usarem o orelhão. Tomei um susto.
Uma aula de cidadania.
Me lembro quando apareceram os
orelhões em Itabaiana, quase todos engolidores de fichas. Foi um dia desses. Foi
um grande avanço tecnológico. Eu era doido para usar o orelhão, só que não
tinha para quem telefonar. Ninguém que eu conhecia tinha telefone. Ligar para
quem?
O telefone é antigo, descoberto por
Graham Bell, em 1875. O telefone chegou ao Brasil em 1877. Só que demorou a
chegar em Itabaiana, um dia desses. Em minha infância era uma central
telefônica, quem precisasse ia lá. Telefone em casa, só gente muito rica possuía.
Veio a Embratel, a Telebrás e a Telergipe.
Foi aí que eu tive mais contacto com telefone. Possuir uma linha, só comprando
a particulares, no cambio negro. A metade do Cinforme era com anúncios de linha
telefônicas para vender. Em algumas regiões de Aracaju, custavam uma fortuna.
Hoje é essa praga do celular (no
bom sentido). Tem gente que pega no sono e se acorda com o celular ao lado, leva
até para o banheiro... O celular é quase uma órtese!
No Brasil existem 230 milhões de
celulares. Só que tem gente com 3, 4 celulares e muita gente sem nenhum. A desigualdade
é o nosso principal problema!
Essas crianças do Bairro América merecem ter acesso ao mundo digital da Internet, com urgência!
Antônio Samarone.
Esses alunos do Bairro América tiveram a oportunidade de visitar o orelhão e conhecer o seu uso. Saber da evolução até a chegada do celular. E como a tecnologia está presente em nosso dia-a-dia.
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