SERGIPE QUE
SAIU DAS URNAS... (Por Antônio Samarone).
Encerrou-se
um ciclo de dominação política em Sergipe, iniciado em 1982. O fim de uma Era! Os
velhos chefes, que governaram o estado no período, saíram do jogo: João Alves,
Albano Franco, Antônio Carlos Valadares, Jackson Barreto e Marcelo Déda. O
futuro governo de Belivaldo será uma transição. Uma nova geração de políticos tentará
assumir o comando do estado, a partir de agora.
Quem saiu na
frente, em condições de liderar novos projetos de poder?
Quem irá
liderar os futuros blocos de hegemonia política em Sergipe, com fôlego para
disputar a sucessão de Belivaldo Chagas, em 2022? A política é o reino do
imprevisto. O futuro depende dos projetos e das circunstâncias; da conjuntura e
da capacidade dos líderes em construir caminhos. A disputa para sucessão de
Belivaldo, passa obrigatoriamente pelas eleições municipais em 2020, sobretudo
pela disputa da Prefeitura de Aracaju.
Num exercício
de probabilidades, especulação, construção de cenários, análise de conjuntura, quem
são os políticos que saem na frente nessa disputa, e quais as chances de cada
um?
Delegado
Alessandro – Recebeu um mandato de oito anos. Se tiver vontade e talento, está
em condições de liderar um bloco, com o discurso de que é o novo. Antes, Alessandro
precisa tomar duas definições: a sua relação com o governo Bolsonaro, e em qual
Partido irá ingressar (A Rede não cumpriu as cláusulas de barreira). Dependendo
do seu desempenho no Senado, pode apresentar um nome de peso para disputar a
prefeitura de Aracaju. Vencendo, pode liderar um polo para disputar do Governo
do Estado, em 2022. Como obstáculo, a inexperiência política, a grande
expectativa criada e não possuir grupo político.
Rogério
Carvalho – Senador eleito. Preside um Partido (PT) que já governou o estado. Se
souber controlar os impulsos, Rogério pode liderar a oposição contra Bolsonaro
em Sergipe. O PT disputará a prefeitura de Aracaju, em 2020, com possibilidades
de vitória. Elegendo o Prefeito de Aracaju, Rogério Carvalho pode liderar um
bloco para o disputar o Governo. Como complicador, Rogério disputará esse
espaço de líder, dentro do próprio PT, com a vice-governadora Eliene Aquino.
Edvaldo
Nogueira - Por ser o Prefeito de Aracaju, ter experiência nos bastidores e ser
um gestor qualificado, entra na corrida para a sua própria reeleição. Dependerá
do seu desempenho no restante do mandato e na construção de um bloco político. Sendo
reeleito em 2020, Edvaldo criará condições para disputar, com chances, a
sucessão de Belivaldo. Entre os obstáculos: Edvaldo não tem grupo político. Como
complicador, o PC do B não cumpriu as cláusulas de barreira.
Belivaldo
Chagas - Eleito governador com votação expressiva. Vai depender do exercício do
próprio mandato, e da sua postura como líder. Belivaldo vai montar uma equipe,
ter projeto próprio, comandar o governo? Esse é o seu grande desafio: realizar
uma boa gestão e ter talento para liderar! Com o comando da máquina, ele poderá
construir e liderar um novo grupo político, atraindo muita gente que precisa do
oxigênio palaciano. Belivaldo é do PSD, que tende apoiar Bolsonaro. Vamos
aguardar...
Claro, bola
de cristal não funciona em política! Os quatros nomes apontados como favoritos
podem emplacar ou não, são conjecturas. Outros cenários poderão ser construídos
para 2022.
Pode aparecer
outra turma?
Entre os
derrotados: Valadares Filho, André Moura e Eduardo Amorim continuam vivos.
Entre os eleitos: Fábio Mitidieri, Eliane Aquino e Fábio Henrique podem
surpreender. Entre os bens votados e não eleitos: Milton Andrade, Emília
Correia, Henri Clay e Emerson Ferreira estão na disputa. Claro, com as redes
sociais, a qualquer momento pode emergir gente desconhecida, outsiders!
Quem mais terá projetos para o comandar politicamente o Estado de Sergipe?
Quem mais terá projetos para o comandar politicamente o Estado de Sergipe?
Antônio
Samarone.
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