domingo, 28 de outubro de 2018

SERGIPE QUE SAIU DAS URNAS



SERGIPE QUE SAIU DAS URNAS... (Por Antônio Samarone).
Encerrou-se um ciclo de dominação política em Sergipe, iniciado em 1982. O fim de uma Era! Os velhos chefes, que governaram o estado no período, saíram do jogo: João Alves, Albano Franco, Antônio Carlos Valadares, Jackson Barreto e Marcelo Déda. O futuro governo de Belivaldo será uma transição. Uma nova geração de políticos tentará assumir o comando do estado, a partir de agora.
Quem saiu na frente, em condições de liderar novos projetos de poder?
Quem irá liderar os futuros blocos de hegemonia política em Sergipe, com fôlego para disputar a sucessão de Belivaldo Chagas, em 2022? A política é o reino do imprevisto. O futuro depende dos projetos e das circunstâncias; da conjuntura e da capacidade dos líderes em construir caminhos. A disputa para sucessão de Belivaldo, passa obrigatoriamente pelas eleições municipais em 2020, sobretudo pela disputa da Prefeitura de Aracaju.
Num exercício de probabilidades, especulação, construção de cenários, análise de conjuntura, quem são os políticos que saem na frente nessa disputa, e quais as chances de cada um?
Delegado Alessandro – Recebeu um mandato de oito anos. Se tiver vontade e talento, está em condições de liderar um bloco, com o discurso de que é o novo. Antes, Alessandro precisa tomar duas definições: a sua relação com o governo Bolsonaro, e em qual Partido irá ingressar (A Rede não cumpriu as cláusulas de barreira). Dependendo do seu desempenho no Senado, pode apresentar um nome de peso para disputar a prefeitura de Aracaju. Vencendo, pode liderar um polo para disputar do Governo do Estado, em 2022. Como obstáculo, a inexperiência política, a grande expectativa criada e não possuir grupo político.
Rogério Carvalho – Senador eleito. Preside um Partido (PT) que já governou o estado. Se souber controlar os impulsos, Rogério pode liderar a oposição contra Bolsonaro em Sergipe. O PT disputará a prefeitura de Aracaju, em 2020, com possibilidades de vitória. Elegendo o Prefeito de Aracaju, Rogério Carvalho pode liderar um bloco para o disputar o Governo. Como complicador, Rogério disputará esse espaço de líder, dentro do próprio PT, com a vice-governadora Eliene Aquino.
Edvaldo Nogueira - Por ser o Prefeito de Aracaju, ter experiência nos bastidores e ser um gestor qualificado, entra na corrida para a sua própria reeleição. Dependerá do seu desempenho no restante do mandato e na construção de um bloco político. Sendo reeleito em 2020, Edvaldo criará condições para disputar, com chances, a sucessão de Belivaldo. Entre os obstáculos: Edvaldo não tem grupo político. Como complicador, o PC do B não cumpriu as cláusulas de barreira.
Belivaldo Chagas - Eleito governador com votação expressiva. Vai depender do exercício do próprio mandato, e da sua postura como líder. Belivaldo vai montar uma equipe, ter projeto próprio, comandar o governo? Esse é o seu grande desafio: realizar uma boa gestão e ter talento para liderar! Com o comando da máquina, ele poderá construir e liderar um novo grupo político, atraindo muita gente que precisa do oxigênio palaciano. Belivaldo é do PSD, que tende apoiar Bolsonaro. Vamos aguardar...
Claro, bola de cristal não funciona em política! Os quatros nomes apontados como favoritos podem emplacar ou não, são conjecturas. Outros cenários poderão ser construídos para 2022.
Pode aparecer outra turma?
Entre os derrotados: Valadares Filho, André Moura e Eduardo Amorim continuam vivos. Entre os eleitos: Fábio Mitidieri, Eliane Aquino e Fábio Henrique podem surpreender. Entre os bens votados e não eleitos: Milton Andrade, Emília Correia, Henri Clay e Emerson Ferreira estão na disputa. Claro, com as redes sociais, a qualquer momento pode emergir gente desconhecida, outsiders!
Quem mais terá projetos para o comandar politicamente o Estado de Sergipe?
Antônio Samarone.

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