Criadores de bacorinhos...
Enquanto o
mundo discute o impacto no trabalho da automação e da inteligência artificial;
o fim dos empregos; a extinção de várias profissões, constatei que uma ocupação
centenária, presente em minha infância, permanece forte, e agora mais
organizada. Os criadores de bacorinhos são eternos.
Centenas de
microempresas informais, de criadores de leitões, permanecem ativas, abastecendo
o mercado em Sergipe. O governo só atrapalha. Sem esses criadores autônomos, empreendedores,
a nossa deliciosa costelinha de porco, light, não seria possível. Não estou
falando dos porcos da Sadia.
Explico
melhor. Muita gente em Itabaiana vive criando leitões. A alimentação é a base
de farelo, soja, milho, suplementos vitamínicos e proteicos. Para baratear os
custos, completam com a lavagem. Saem com uma carroça de burro (foto), de porta
em porta, recolhendo os restos de comidas (a tal lavagem). Ajudam na limpeza
pública, e oferecem ao criatório alimentos naturais, sem antibióticos, herbicidas
ou hormônios.
Os bacorinhos
do agreste são abatidos logo, 90 dias, não viram barrão, pai de chiqueiro. O
toucinho é fino e os ossos moles. A carne é saudável e tenra. Os leitãozinhos
são vacinados; e criados em ambientes higienizados, com água limpa e corrente.
Num dos
locais visitados, o criador, para reduzir o estresse dos bacorinhos, deixa um
som ligado, com boa música de fundo. Sei que vocês estão querendo saber: onde
comprar esses bacorinhos de 30 kg, criados com lavagem e música? Além de
Itabaiana, nas feiras livres de Aracaju. É só procurar!
Antônio Samarone.
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