Fato raro, raríssimos!
Entre os
finalistas ao Prêmio Jabuti, o mais tradicional prêmio literário do Brasil, na
categoria “biografia”, ao lado de gente famosa (Jô Soares, Artur Xexéo, Lilia
Moritz Schwarcz, Anita Leocadia Prestes, Claudio Bojunga), apareceu um tabaréu
de Itabaiana, o historiador Anderson da Silva Almeida.
Um sergipano
com destaque nacional. Gente, é hora de festa. A obra "...como se fosse um
deles: Almirante Aragão – Memórias, silêncios e ressentimentos em tempos de
ditadura e democracia" (Editora da Universidade Federal Fluminense -
Eduff), de Anderson da Silva Almeida, antes que Sergipe tomasse conhecimento, é
reconhecida nacionalmente.
A obra finalista,
mergulha na trajetória do militar paraibano, Almirante Aragão, que ficou contra
o Golpe de 1964. Aragão foi perseguido implacavelmente pelos agentes da repressão,
falecendo no ostracismo em 1998. A esquerda esqueceu o Almirante.
Em 2010, Anderson
da Silva teve a sua dissertação de mestrado premiada pelo Arquivo Nacional, e
publicada em 2012 sob o título “Todo o leme a bombordo: marinheiros e ditadura
civil-militar no Brasil”.
Anderson da
Silva Almeida é membro da Academia Itabaianense de Letras. Estudou em
Itabaiana, no Grupo Escolar Eduardo Silveira e no Colégio Estadual Murilo Braga.
É graduado em História pela Universidade Católica do Salvador, especialista,
mestre e doutor em História pela Universidade Federal Fluminense.
Anderson da
Silva é autor de diversos capítulos em obras de circulação nacional e também
atua como músico e diretor da Sociedade Filarmônica 28 de Agosto – SOFIVA – da
cidade de Itabaiana.
Ainda não sei
o resultado do prêmio, mas a vitória de Anderson da Silva com a sua obra já
aconteceu. Ser finalista já é uma grande vitória. Sem influência de editoras,
de padrinhos, da mídia, desconhecido até em Sergipe, ter o seu trabalho
reconhecido nacionalmente é um grande feito. Palmas, muitas palmas.
Uma
conclamação: intelectuais e acadêmicos sergipanos, vamos a leitura!
Antonio Samarone.
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