Sergipe, a Roma do Capeta.
Você pode não acreditar, mas foi esse religioso da foto,
José Juarez da Cunha, um caraibeiro franzino de Itabaiana, quem liderou o povo,
na expulsão do Papa do diabo das terras sergipana. Um cruzado anônimo.
Relembrando: no final da década de 1970, apareceu em Sergipe
o satanista Luiz Howartz. Alugou um escritório próximo a rodoviária velha,
comprou um espaço na radio liberdade, e começou a difundir a filosofia luciferiana.
Como o povo acredita em tudo, em pouco tempo a nova igreja estava lotada de
fiéis.
Estimulado pelas adesões, Luiz Howartz decidiu construir uma
catedral do diabo, no Parque dos Faróis, em Nossa Senhora do Socorro. Sergipe
se tornaria a Roma do capeta. Sergipe foi notícia nacional.
Era uma ameaça real. O povo, liderado por seu Juarez da Água
Branca (foto), inflado de superstição e de medo, saiu as ruas, com paus e pedras,
para botar abaixo o templo do Capeta. O governador Augusto Franco sentindo a
comoção popular, chamou o Papa em Palácio, perguntou quanto ele queria pela
Catedral. Acertaram o preço, e o
satanista foi indenizado. Com o rabo cheio de dinheiro, Luiz Howartz abandonou
os fiéis e se mandou de Sergipe.
Quem pensa que o povo se livrou do capeta, tá enganado. Ele
tá vivo e atuante, com outras roupagens. Novas catedrais serão construídas, com
novos e velhos satanistas. Como diz um filosofo do pé da serra, o paganismo venceu.
Antonio Samarone.
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