Mortalidade
materna.
A
deficiência dos serviços médicos em Sergipe, no alvorecer do século XX, pode
ser exemplificada com o episódio do falecimento em Palácio, em 13/12/1907,
durante trabalho de parto, de dona Capitolina Alves de Melo, segunda esposa do
Desembargador Guilherme de Souza Campos, então Governador do Estado (1905/08).
O parto foi
acompanhado pelos experientes doutores Cândido da Costa Pinto e José Moreira de
Magalhães, que chegaram à conclusão, de que somente um procedimento cirúrgico
(Cesariana) salvaria a paciente. Mesmo tendo sido sobre “operação cesariana” a tese
de doutoramento do doutor Costa Pinto, o mesmo nunca tinha tido a oportunidade
de realizá-la. Costa Pinto, dois anos antes, tinha sido considerado por Oswaldo
Cruz, em passagem por Sergipe, o melhor médico do estado.
Em Sergipe,
no início do século XX, ainda não existiam condições para a realização de tal
procedimento cirurgico. Nenhum médico estava preparado para realizar uma
cesariana, e a esposa do Governador morreu de parto.
Antonio
Samarone.
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