quarta-feira, 24 de abril de 2024
GENTE SERGIPANA - WILSON ALMEIDA SANTANA
Gente Sergipana – Wilson Almeida Santana.
(por Antonio Samarone)
A história dos caminhoneiros em Itabaiana teve um destaque: Wilson da Transportadora Sergipana. Foi quem chegou mais longe. A sua transportadora cobria o Brasil. Chegou a 18 filiais e mais de cem caminhões.
Wilson Almeida nasceu no Gandu, em 25 de junho de 1932, filho de Ulisses Vicente Santana e Ubalda Almeida Santana, camponeses empobrecidos. Parentes do famoso Clodoaldo, o da Copa de 1970.
No início da década de 1950, com apenas 18 anos, Wilson começou a levar farinha de mandioca para Salvador, fretando caminhões. Foi uma revolução na economia rural. Quem produzia farinha para o consumo local e abastecer Aracaju, passou a fornecer para Salvador. Mudou a escala.
Antes, a farinha era transportada em lombos de burros. O caminhão permitiu ampliar o mercado para a famosa farinha de Itabaiana. O dinheiro passou a circular na Zona Rural. A farinha pó do Rio das Pedras, fazia o papel da “maizena – amido de milho”. A qualidade de vida foi melhorando.
A iniciativa de Wilson o empurrou para o ramo de caminhões.
O caminhão chegou cedo a Itabaiana, em 1928, com Esperidião Noronha. O crescimento foi lento, em 1945, existiam 18 veículos. Em 1952, com a chegada da BR – 235, mudou a realidade. A frota cresceu. O caminhão se transformou em um polo de desenvolvimento.
O caminhão trouxe as concessionárias, as oficinas, as fábricas de carrocerias e emprego para muita gente. O espirito competitivo dos Itabaianenses, de entregar as cargas na data combinada, foi um diferencial. Muitos, pagaram com a vida.
Em 1970, Itabaiana já possuía 373 caminhões.
Wilson Almeida foi casado com Maria Renildes Pimentel, filha de Zeca Titia, comerciante estabelecido no ramo de sapatarias. Seu Zeca foi quem levou a sandália de borracha (japonesa) para Itabaiana. Antes, era tamanco ou pés descalços.
Wilson e Renildes (foto), tiveram três filhos: Wilsinho, Ulisses e Wilma (falecida em acidente, na estrade de Maceió).
Wilson, com a esposa, faleceram precocemente de acidente de trânsito, próximo a Teófilo Otoni, em 28 de julho de 1983, aos 51 anos. Está sepultado no Cemitério de Santo Antonio e Almas.
Wilson da Sergipana, foi um homem generoso. Ficou rico ajudando a muita gente.
Antonio Samarone – médico sanitarista.
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Ele é irmão de Angélica Maria Almeida Santana que trabalhou no Colégio Estadual Murilo Braga.
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