terça-feira, 15 de agosto de 2023

UMA NOVA DEVOÇÃO

 Uma nova devoção.
(por Antonio Samarone)

O Arraial de Santo Antonio, depois Villa de Santo Antonio e Almas de Itabaiana completaram 400 anos. Séculos de devoção, ao Santo português.

A partir dos meados do século XX, Itabaiana Grande se transformou em um polo de comercio e transporte. A igreja católica perdeu força e a devoção a Santo Antonio ficou nas Trezenas e na Festa dos Caminhoneiros.

No último Censo, Itabaiana ultrapassou os cem mil habitantes, virou polo de desenvolvimento. Informalmente, o agreste se tornou uma Região Metropolitana (a grande Itabaiana). A economia disparou e está tomando nova direção.

Na última década, a antiga lógica política de Itabaiana, fundada nos conflitos e na politicagem, no compadrio e na mentira, na violência e na perseguição foi superada. Uma administração moderna, está preparando a cidade para o seu futuro.

A falsa disputa política (abelhas e mangangás) atrasou o desenvolvimento de Itabaiana. Eram iguais! O nascimento de uma gestão profissional, de uma política voltada para o bem comum, impulsionou esse novo momento da cidade.

O novo nasceu! Itabaiana Grande já está com cinto de segurança e assento na vertical, aguardando o novo voo.

No campo da fé, uma novidade. Explodiu uma nova devoção. Uma devoção a Santa Dulce dos Pobres.

Não sei explicar!

Claro, o fato de ser uma Santa nossa, brasileira, quase de carne e osso, com família, amigos, devotos, todos conhecidos. O fato do principal milagre, que levou a santificação, ter ocorrido em Itabaiana, tem muita importância, pelo menos em Itabaiana.

Considero as ações do engenheiro Ancelmo Rocha, um peregrino por vocação, importantes. Considero também o trabalho de Marquinhos e da sua família, da Rádio comunitária e do seu esforço em espalhar a fé, da Secretária de Turismo de Itabaiana, Sonia Maria de Carvalho, do Padre Almir e a sensibilidade do Prefeito.

Mesmo assim, ainda não tenho uma explicação sólida sobre esse crescimento da fé em Santa Dulce, em Itabaiana.

Recebi, em sonho, uma mensagem de Zalmor, devota de Santo Antonia e maior zeladora da Igreja, no século XX. “Deixe de besteira, seu Samarone. Não existem razões. O crescimento da fé em nossa Santa é mais um milagre. As coisas de Deus não precisam de explicações.”

Zalmor está certa. Do Paraíso, ela enxerga melhor.

Entretanto, o fenômeno do crescimento na devoção da Santa é mais amplo, pelo menos na Bahia e em Sergipe. Não com a mesma força de Itabaiana, a cidade dos milagres.

Em Aracaju tem uma Paróquia de Santa Dulce, aos cuidados do competente e zeloso Padre Zé Lima. A devoção em Itabaiana é forte entre os leigos.

O Prefeito de São Cristóvão procura puxar a brasa para a sardinha dele. Movimenta-se para transformar a velha Capital, num polo de turismo religioso. Ele está certo. Mas a fé não se cria por decreto.
Mas, parece que Santa Dulce escolheu Itabaiana.

No domingo, 06 de agosto, está nascendo um novo Centro de devoção e peregrinação: uma Ermida ao Pé da Serra. Em pouco tempo, se somará as peregrinações de Divina Pastora e a de Nossa Senhora Aparecida, em Ribeirópolis.

No domingo, na condição de devoto de Santo Antonio, estarei lá, para ver essa nova devoção de perto.

Antonio Samarone. Médico sanitarista.

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