O peido da vaca.
O Presidente Bolsonaro não aceitou sediar
a COP25, a próxima Conferência do Clima das Nações Unidas. Entende o
Presidente, que essa ameaça de catástrofe climática é uma balela, e que o Acordo
de Paris pretende criar "nações" indígenas dentro do Brasil, e um
corredor ecológico conhecido como "Triplo A" (Andes, Amazônia,
Atlântico), restringindo a nossa autonomia. Essas doidices devem ter saído da
cabeça de Olavo Carvalho.
O Brasil abriu mão de um certo
protagonismo mundial nas questões ambientais, e põe em risco a imagem do nosso
agronegócio. O mundo quer consumir alimentos sustentáveis.
Para complicar, essa semana, o
relatório “Criando um Futuro Alimentar Sustentável”, do Instituto de Recursos
Mundiais (WRI), lançado durante a Conferência do Clima da ONU (COP-24), em
Katowice, na Polônia, apontou que o consumo de carne no mundo precisa ser
reduzido em 40%, para minimizar o aquecimento global. O Brasil é um grande produtor
e consumidor de carne.
E por que peste, comer carne
aumenta o aquecimento global, me perguntou Rodolfo, o marchante da feira do
Mosqueiro? Tentei explicar: a digestão das vacas e de outros animais na forma
de ventosidades e excrementos, juntamente com o uso da terra exigido para sua
criação e alimentação, liberam mais gases que todo o setor mundial de
transportes. O Marchante retrucou: quer dizer que o peido da vaca é quem causa
o efeito estufa?
Eu disse, mais ou menos! Voltei
para ciência - no peido da vaca são liberados metano e CO², resultante da
fermentação ruminal, responsável por 22% dos gases do efeito estufa. Os
ruminantes em geral, são mais perigosos que os combustíveis fosseis (petróleo e
carvão). A coisa é séria!
Rodolfo, impaciente, encerrou a
conversa: eu sabia, essa confusão com os matadouros em Itabaiana e Ribeirópolis
deve ser o dedo desse tal Acordo de Paris. O velho churrasco está com os dias
contados. O Chanceler de Bolsonaro tem razão, essa conversa de aquecimento
global é uma conspiração dos comunistas.
Antônio Samarone.
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