Teremos eleições em outubro?
Após o adiamento da prisão de
Lula pelo STF, o ódio recrudesceu. Basta observar a intolerância política nas
redes sociais. A caravana do PT enfrentou dificuldades no Rio Grande do Sul,
foi atacada por uma militância disposta as vias de fato. Quem antes só batia
panelas, foi para o enfrentamento físico. O PT equivocadamente minimiza as
agressões recebidas, tentando passar a imagem de que tudo foi festa,
acreditando que a luta política se resume as versões.
O quadro se agrava: o atual grupo
no poder, com o projeto de aprofundar o neoliberalismo, tem poucas chances
eleitorais. Pelas pesquisas, Lula ganharia no primeiro turno. Candidato ou não,
preso ou solto, Lula seria um polo nas próximas eleições.
Como ninguém que chega ao poder
por vias transversas, deixa-o pacificamente; considerando a existência de uma
base social de apoio radicalizada e poderosa, mesmo minoritária. A evidencia de
uma derrota eleitoral açodará a tentação pelas mudanças nas regras do jogo. O que
significa a candidatura de Temer, com apenas 3% de aprovação? Pode ser tudo, menos disputar eleições. O
único candidato do bloco que chega aos dois dígitos nas pesquisas é Bolsonaro,
ainda não palatável pela Globo. Neste cenário, a sobrevivência da democracia
passa por uma pacificação improvável dos ânimos. Os ataques ao estado de
direito no Brasil ainda não avançaram, devido a conjuntura internacional desfavorável
as ditaduras, sobretudo no ocidente. Temo pela democracia.
Antônio Samarone.
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