Quem inventou as pílulas?
As descobertas das causas das
doenças infeciosas no final do Século XIX, ocorreram paralelo a revolução da
indústria química. O sonho da medicina era encontrar uma “pílula mágica”, uma
substância química, que destruísse o germe invasor, sem afetar o hospedeiro.
Isso parecia um milagre, uma cura bíblica. O cientista alemão Paul Ehrlich descobriu
que corantes têxteis tinham afinidade por células diferentes, e passou a
pesquisar se algum produto químico era capaz da façanha de destruir o germe,
sem matar o hospedeiro.
Em 1899, Paul Ehrlich passou a
procurar uma droga que matasse seletivamente o tripanosoma causador da doença
do sono. Em 1909, depois de testar mais de novecentos produtos, Ehrlich
resolveu testar o 606, um composto a base de arsênico, o Salvarsan, na
eliminação da Spirocheta pallida (nome antigo do Treponema pallidum), causador
da sífilis. Na prática, o Salvarsan só era eficaz contra a sífilis primária. Somente
em 1935, a Bayer apresentou as sulfanilamidas, eficazes no tratamento das
infecções por estafilococos e estreptococos. A penicilina, descoberta em 1928,
por Alexander Fleming, não foi possível a sua produção em larga escala, em
1944, num esforço de guerra. As empresas Merck, Squibb e Phizer conseguiram
produzir a penicilina em larga escala. No início da década de 1950, a
penicilina já era vendida em Aracaju.
Em 1922, a empresa Eli Lilly
descobriu como extrair a insulina das glândulas pancreática dos animais,
permitindo um tratamento eficaz do diabetes. No inicio de 1950, os cientistas
tinham aprimorado as sínteses de substâncias químicas, produzindo melhores
anestésicos, sedativos, anti-histamínicos e anticonvulsivantes. No final do
século XIX, a Bayer patenteava a aspirina.
No-pós II Guerra, a produção de medicamentos químicos deixava de ser
artesanal e tornava-se um ramo da indústria.
Antônio Samarone.
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