Gente Sergipana - José
Olino de Lima Neto (1900 – 1985) (Por Antônio Samarone)
Nasceu em 2 de
janeiro de 1900, no engenho Tuim, município do Arauá/SE. Filho do Coronel João
Neto e de Dona Sinhá. Para facilitar os estudos dos filhos (José Olino, Urbano
Neto e João Bosco), o seu Pai foi morar na Estância, em 1908.
José Olino estudou o
primário em Estância. Foi o primeiro aluno do Seminário de Aracaju, fundado por
Dom José Thomaz. Após sete anos, José Olino descobriu que a vocação de padre
era pequena, deixou o seminário e entrou para a Faculdade de Medicina da Bahia.
Formou-se em Medicina
em 1929, defendendo a tese “Profilaxia do Sezonismo”. Formou-se também em
Farmácia. Retornou à Sergipe em 1930, e exerceu a medicina nas cidades de
Itabaianinha, Simão Dias e Lagarto.
Em 1938, fixou residência
em Aracaju e começou a dedicar-se integralmente ao magistério. Foram 41 anos de
dedicação ao ensino e teria morrido na cátedra se a aposentadoria compulsória
não o impedisse de continuar lecionando.
Em 1938 publicou sua
segunda tese, “Notas Filológicas à margem das Vinte Horas de Liteira de Camilo
Castelo Branco”, através de cuja defesa conquistou a Cátedra de Português no
Atheneu Sergipense.
Em 1973, José Olino publicou
o primeiro volume das “Fábulas em Versos”.
No dizer de Cabral
Machado, “O nosso fabulista é médico. Cedo abandonou a arte de curar, se engenho
ou arte talvez não possuísse, e dedicou-se ao magistério, após memorável concurso
público, disputando a cátedra de português, com uma tese apreciando a linguagem
de Camilo Castelo Branco... A fábula é uma criação do folclore em quase todas
as culturas, depois assumiu a forma literária”.
Jose Olino de Lima
Neto ocupou a cadeira nº 30, da Academia Sergipana de Letras, que tem como
patrono o poeta José Jorge de Siqueira Filho.
O Dr. José Olino foi
casado com Dona Antonina e teve cinco filhos: João Epifânio, Cândido, Antonino,
José Olino e Seu Aloísio, da Pisolar.
Faleceu em 27 de
fevereiro de 1985, em Aracaju, com 85 anos.
Antônio Samarone.
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