A Carta de Bolsonaro. (por Antônio
Samarone)
Falo com a responsabilidade de
quem não quer o caos e nem acha que o quanto pior melhor. Não gosto de
pescadores de águas turvas.
Estamos numa encruzilhada
tenebrosa: os riscos de retrocesso são evidentes.
Ao divulgar a carta de um “autor
desconhecido”, o Presidente Bolsonaro avalizou um diagnóstico sobre o país que
só aponta uma saída: “sem poderes absolutos ninguém faz mudanças nesse país.”
Com Congresso e a Justiça
funcionando plenamente, os mesmos, que a carta chama de “corporações”, continuarão
pendurados nas tetas públicas.
Em bom português: ou Presidente
avança para uma ditadura ou renuncia! Esse cenário era previsível, mas não com
apenas cinco meses de governo.
Diz a carta: “A hipótese nuclear
é uma ruptura institucional irreversível, com desfecho imprevisível.” Alguma dúvida?
Os que votaram contra, os que
nunca acreditaram, os que votaram e já se arrependeram, os que foram e
continuam omissos formamos a imensa maioria da sociedade; contudo, não podemos
subestimar os que acreditam numa saída (mais) autoritária. A hora é de
vigilância...
Relembro uma bela passagem de
Guimarães Rosa:
“O correr da vida embrulha tudo. A
vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois
desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.”
Antônio Samarone.
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