Ildelte Caldas, 73 anos,
sergipana de Japoatã, educada em Colégio de Freira pelas Irmãs Sacramentinas, formada
pela terceira turma da Faculdade de Medicina de Sergipe, optou pela
ginecologia. Foi médica da previdência social, trabalhou no Serigy, e com o
tempo, pela forma atenciosa que atende a suas pacientes, foi ganhando fama e
credibilidade como médica.
No tempo em que as “doenças do
mundo” (DST) ainda eram transmitidas com mais frequência pelas profissionais do
sexo, o Secretário da Saúde Pública, Dr. Eduardo Vital Santos Melo, encarregou a
Dra. Ildete pela prevenção das doenças venéreas no estado de Sergipe. Logo cedo
ligou-se ao meritório trabalho de prevenção do câncer nas mulheres.
Ildete Caldas foi a França
especializar-se em colposcopia, um valioso recurso de diagnósticos
ginecológicos, descoberto pelo médico alemão Hans Hinselmann em 1925, mas só
difundido pelo mundo a partir da década de 1960. A colposcopia chegou à Sergipe
pelas mãos do Dr. Gilvan Rocha (isso mesmo, o Senador); e difundido depois pela
Dra. Ildete Caldas.
Em 1988, Dra. Ildete tomou a
iniciativa de fundar a CEMISE, uma pequena clínica com cinco funcionários,
sendo hoje um dos estabelecimentos privados bem-conceituados no estado. Uma
vida dedicada ao trabalho e a família, quase no anonimato, onde a velha
medicina artesanal, centrada na relação médico/paciente, foi praticamente um
sacerdócio.
Antonio Samarone.
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