Os falsetes da política. (por Antônio
Samarone)
Nos dois primeiros mandatos (2006
– 2012), Edvaldo Nogueira chegou à Prefeitura de Aracaju pelas mãos do PT e de
Marcelo Déda. No terceiro (2017 – 2020), teve a importante ajuda da vice,
Eliane Aquino (PT).
Edvaldo Nogueira e PT foram
parceiros históricos: carne da mesma carne, sangue do mesmo sangue.
Ao assumir o atual mandado
(janeiro de 2017), Edvaldo se aproximou de André Moura, líder de Temer, e os
cofres de Brasília se abriram para a prefeitura de Aracaju. Edvaldo, como
contrapartida, transformou André em seu candidato ao Senado. Aqui começaram as
contradições.
O candidato do PT ao senado,
Rogério Carvalho, foi tratado com indiferença. Edvaldo se afastou do PT e de
Lula.
As circunstâncias fazem os
homens. Edvaldo foi adotado pela decadente elite econômica de Aracaju, como um “bom
gestor”. Onde a economia é frágil o poder público é um grande oásis.
Edvaldo se aproximou da direita
tradicional, de políticos da bancada de Bolsonaro, e os cofres de Brasília
continuaram abertos. O que era relação institucional virou relação política.
Afastar-se do PT virou uma
necessidade. Edvaldo procura compulsivamente sair do Partido Comunista, mas
quer manter uma sombra de esquerda. Por isso, ocupar o PDT de Brizola atende a
essa necessidade.
O que parecia nebuloso começa a
clarear. Novos blocos políticos mostram a cara.
O Velho Centrão sergipano
articula-se sob a batuta do Prefeito de Aracaju. O PC do B ficou pequeno. A ida
do Prefeito de Socorro (PC do B) para o Partido de Laécio Oliveira faz parte
desse Jogo.
A disputa pelo poder político em
Sergipe passa pela Prefeitura de Aracaju. O Centrão de Edvaldo saiu na frente.
Enxergo mais dois agrupamentos
que podem entrar com chances nessa batalha. A esquerda tradicional, lideradas
pelo PT; e uma terceira via, liderada pelo Senador Alessandro Vieira. Não vejo
grandes novidades.
Em torno da esquerda petista, lideradas
pelo Senador Rogério Carvalho, podem se aproximar o PSOL e o PSB, e outras
legendas sem espaço no Centrão.
O bloco em torno do Senador
Alessandro está quase formado, já se reúnem há muito tempo. A dúvida paira
sobre o candidato a prefeito: Emerson, Emília, Milton, ou quem sabe, a delegada
Daniele Garcia.
Um palpite: desses três
agrupamentos políticos, dois irão para o segundo turno em Aracaju.
Antônio Samarone.
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